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O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, pediu nesta quarta-feira (29) à Organização das Nações Unidas que cuide dos refugiados sírios dentro da própria Síria, em vez de deixá-los entrar em larga escala na Turquia, que já abriga mais de 80 mil refugiados.

O governo turco, temendo uma entrada em massa como a de meio milhão de curdos iraquianos depois da Guerra do Golfo em 1991, tem sustentado a ideia de uma "zona de segurança" sob a proteção internacional dentro da Síria para os civis que fogem da violência cada vez mais intensa no país.

"Nós esperamos que a ONU envolva-se no assunto para proteger os refugiados dentro da Síria e se possível abrigá-los em campos por lá", disse Davutoglu em uma coletiva de imprensa em Ancara.

A Turquia discutiu o assunto com o chefe do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, António Guterres, e a chefe de assuntos humanitários da ONU, Valerie Amos, disse o chanceler, acrescentando que ambos pretendiam visitar o país novamente.

País membro da Otan, a Turquia está relutante em agir sozinha para estabelecer uma zona de segurança dentro da Síria, uma vez que protegê-la de ataques das forças sírias iria significar efetivamente uma intervenção militar na revolta que já dura 17 meses contra o presidente Bashar al-Assad.

Além disso, não há apetite no Ocidente por uma ação militar na Síria e nenhuma perspectiva de um mandato do Conselho de Segurança da ONU para isso, dada a disposição da Rússia e da China de vetarem qualquer proposta.

Davutoglu falou rapidamente, antes de embarcar para Nova York para participar de uma reunião do Conselho de Segurança sobre a Síria, na quinta-feira (30).

A ONU disse na terça-feira que mais de 200 mil sírios poderiam fugir para a Turquia caso o conflito piore.

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