Um menino de apenas 11 anos foi preso no Afeganistão junto a guerrilheiros do Taleban enquanto cruzava a região da fronteira com o Paquistão carregando explosivos. Abdullah foi entrevistado pelo jornalista Bill Neely, da rede de TV britânica ITV. Ele é o mais jovem entre os prisioneiros mantidos num centro de detenção de segurança máxima de Cabul.
Segundo a reportagem da ITV, apesar de ser tão novo, Abdullah aprendeu os princípios da jihad na escola religiosa em que estudou. Órfãos, ele e seu irmão (de dez anos) passavam o dia estudando o Alcorão, e à noite aprendiam a usar pistolas e fuzis Kalashnikov, que ele preferia por achar o gatilho mais fácil de apertar.
Na entrevista, o menino contou como foi chamado para cruzar a fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão junto aos guerrilheiros, e como recebeu os explosivos que levava com ele quando foi preso. Ele deu a entender que sabia exatamente o que estava fazendo, e contou que na escola ouvia sobre estrangeiros que matavam mulheres e crianças muçulmanas.
Perguntado sobre o que pensava sobre a ideia de se tornar um homem-bomba, Abdullah disse saber a diferença entre o suicídio e o sacrifício de se explodir para matar não-muçulmanos que matariam sua família. Além do mais, disse, após o sacrifício ele iria para o paraíso com 70 garotas. Disse ainda que ficaria feliz se pudesse matar os não-muçulmanos quando crescesse.
Segundo a reportagem da ITV, guerrilheiros talibãs admitem que há crianças envolvidas com atividades terroristas, e que garotos de até dez anos se oferecem para ser homens-bomba.
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