O principal partido de oposição israelense Kadima, que deve sofrer uma esmagadora derrota nas próximas eleições, votou pela saída de sua líder Tzipi Livni e escolheu o ex-chefe de Defesa Shaul Mofaz para substituí-la.
A contagem final da votação para a liderança do partido nesta quarta-feira apresentou Mofaz com 61,7% dos votos, enquanto Tzipi ficou com 37,2%.
Havia uma grande expectativa de que a ex-ministra de Relações Exteriores e negociadora de paz anunciasse sua aposentadoria da política.
Sua busca pelo cargo de primeira-ministra nas eleições de 2009, após Ehud Olmert renunciar ao posto e o líder do Kadima estar envolvido em um escândalo de corrupção, atraiu comparações a outra líder israelense, Golda Meir, que já morreu.
"Eu liguei para Shaul Mofaz e lhe desejei boa sorte. Estes são os resultados", disse Livni, com um sorriso frustrado, em breve declaração em seu escritório em Tel Aviv.
Pesquisas de opinião mostraram que o Kadima está a caminho de perder mais da metade de seus 28 assentos no Parlamento israelense, que tem 120 lugares, nas eleições previstas para o ano que vem.
Especialistas, porém, alegando as credenciais de segurança do eleito Mofaz, de origem iraniana, dão mais chance a ele do que para Tzipi de enfrentar Netanyahu, cujo discurso duro sobre o programa nuclear iraniano gerou preocupação internacional sobre uma possível ação militar israelense.
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