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Máscaras do ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e do presidente russo, Vladimir Putin, em uma loja em São Petersburgo
Máscaras do ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e do presidente russo, Vladimir Putin, em uma loja em São Petersburgo| Foto: EFE/Anatoly Maltsev

A inteligência militar da Ucrânia informou na sexta-feira (30) que a Rússia planeja matar o líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, após o motim do último fim de semana que terminou com um recuo do grupo paramilitar e o exílio do seu chefe em Belarus.

O chefe da inteligência militar ucraniana, Kyrylo Budanov, disse em entrevista ao site War Zone que o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), um dos sucessores da KGB, foi encarregado de liquidar Prigozhin.

“De qualquer forma, todas essas tentativas de assassinato em potencial não serão agora. Levará algum tempo para que tenham as abordagens adequadas e cheguem ao estágio em que estejam prontos para conduzir uma grande operação”, disse Budanov ao War Zone.

“Mas, mais uma vez, gostaria de enfatizar que é uma grande questão em aberto. Eles seriam bem-sucedidos em cumprir isso? Eles ousariam executar essa ordem?”, questionou o chefe da inteligência militar da Ucrânia.

Entre a sexta-feira passada (23) e o sábado (24), o Grupo Wagner avançou dentro do território russo depois que o líder da milícia alegou que tropas do Kremlin haviam atacado suas posições. O grupo mercenário ajudava a Rússia na guerra contra a Ucrânia, mas já há vários meses Prigozhin vinha fazendo críticas públicas ao comando militar russo, alegando falta de apoio.

O Wagner desistiu do motim quando seus combatentes chegaram a cerca de 200 km de Moscou, e por meio de um acordo intermediado pelo ditador Alexander Lukashenko, Prigozhin aceitou se exilar em Belarus. Um processo aberto contra ele devido à rebelião foi retirado.

Budanov acrescentou na entrevista que Prigozhin não deve promover uma grande concentração de combatentes do Wagner em Belarus, mas sim estabelecer no país aliado do Kremlin um centro para fins logísticos e recrutamento.

“E o que vai acontecer a seguir é que a maioria do efetivo que estava anteriormente envolvido em combates na Ucrânia será gradualmente transferido para a África para continuar as operações lá”, acrescentou Budanov, citando o continente onde o Wagner tem um histórico de atuação, em países como Mali, República Centro-Africana e Sudão.

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