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Governo da Ucrânia informou que foram destruídas cerca de 40 mil toneladas de grãos que seriam enviadas para países da África, China e Israel
Governo da Ucrânia informou que foram destruídas cerca de 40 mil toneladas de grãos que seriam enviadas para países da África, China e Israel| Foto: EFE/EPA/Comando Operacional Sul da Ucrânia

A Ucrânia e a Romênia criticaram a Rússia nesta quarta-feira (2) por ataques de drones realizados à noite na região de Odessa e que tiveram como alvo principal o porto de Izmail, no rio Danúbio.

O ministro da Infraestrutura ucraniano, Oleksandr Kubrakov, informou que foram destruídas cerca de 40 mil toneladas de grãos que seriam enviadas para países da África, China e Israel. Não houve feridos.

“O inimigo tentou deliberadamente destruir a infraestrutura portuária no Danúbio; continuando a aterrorizar a questão da exportação dos grãos, atacou tanto o elevador quanto a unidade de armazenamento de grãos”, apontou o Ministério da Defesa da Ucrânia.

O Comando Sul da Ucrânia acrescentou em comunicado: “Os grãos ucranianos têm potencial para alimentar milhões de pessoas em todo o mundo. No entanto, a Rússia escolheu o caminho da matança, da fome e do terrorismo”.

O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, qualificou nesta quarta-feira como “crimes de guerra” os ataques da Rússia a portos civis e silos de grãos ucranianos nas margens do Danúbio, a poucos quilômetros da fronteira romena.

“Os contínuos ataques da Rússia contra a infraestrutura civil ucraniana no Danúbio, nas proximidades da Romênia, são inaceitáveis”, escreveu o chefe de Estado romeno no Twitter.

“Estes são crimes de guerra e afetam ainda mais a capacidade da Ucrânia de transferir seus produtos alimentícios para os necessitados do mundo”, acrescentou o presidente da Romênia, país-membro da OTAN.

A Rússia não renovou em julho o acordo de grãos do Mar Negro, compromisso que durante um ano havia permitido a exportação de alimentos da Ucrânia a partir dos portos do país invadido no Mar Negro mesmo com a guerra em andamento.

Enquanto esteve vigente, o acordo, que havia sido intermediado pela Turquia e pela ONU, permitiu a exportação de mais de 32 milhões de toneladas de alimentos da Ucrânia. A Rússia alegou que decidiu não renovar o compromisso porque reivindicações suas não foram atendidas.

Desde então, a Ucrânia está sendo obrigada a recorrer a caminhos alternativos para exportar grãos e a Rússia tem intensificado ataques às rotas terrestres e aos outros portos ucranianos usados nesse escoamento. Mais de 140 mil toneladas de alimentos já foram destruídas. (Com Agência EFE)

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