• Carregando...
Ucranianos voltaram a protestar em Kiev contra a desistência do governo em firmar acordo com a União Europeia | Valentyn Ogirenko/Reuters
Ucranianos voltaram a protestar em Kiev contra a desistência do governo em firmar acordo com a União Europeia| Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters

Disposição

Presidente ucraniano diz que espera adesão "em um futuro próximo"

O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, afirmou ontem em Vilna que a Ucrânia mantém a intenção de assinar em um "futuro próximo" o Acordo de Associação à União Europeia. Ele acrescentou que para chegar à assinatura deste documento, que foi negociado durante mais de seis anos, faltam alguns passos importantes. Em primeiro lugar, no que se refere à "necessidade de preparar as condições para garantir o máximo resultado de implementação do acordo". "Devido às novas circunstâncias econômico-comerciais, a Ucrânia deve se preparar para as sequelas negativas do período inicial que, sem lugar para dúvidas, serão sentidas pelas camadas mais desfavorecidas", afirmou Yanukovich. O presidente acrescentou que é necessário "um trabalho conjunto sobre um programa de ajuda à Ucrânia" que permita ao país se preparar para a assinatura do acordo. Yanukovich também pediu esforços em outros âmbitos das relações entre Ucrânia e a UE.

Efe

  • Yanukovich: ainda faltam alguns passos importantes

A União Europeia acusou ontem a Rússia de impedir que a Ucrânia faça um acordo para entrar no bloco, como uma forma de manter seu domínio das antigas repúblicas soviéticas. A declaração foi feita horas depois de o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, recusar um acordo com os europeus.

O mandatário apresentou a renúncia da Ucrânia ao acordo na última hora, após dois dias de reunião com chefes de governo europeus na Lituânia. Em encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, ele reconheceu que tem uma relação bastante desigual com a Rússia, que o levou a recusar o convite.

Em entrevista coletiva, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou que rejeitará os vetos da Rússia à sua relação com as antigas repúblicas soviéticas. "Não podemos aceitar o veto de outro país à aproximação da União Europeia com esses Estados", afirmou.

Já o presidente do Con­selho Europeu, Herman Van Rompuy, pediu aos ucranianos que ignorem as pressões a curto prazo e manteve sobre a mesa o acordo que deveria ter sido assinado na cúpula de Vilna. "Chegou a hora da coragem e da decisão. Não devemos renunciar ante pressões externas, inclusive da Rússia".Mais cedo, Yanukovich afirmou que a Ucrânia ainda pretende assinar um acordo com a União Europeia no futuro, mas que seu país precisa de um pacote de ajuda financeira para facilitar essa aproximação. Ele disse que uma oferta anterior de 600 milhões de euros (R$ 1,86 bilhão) seria "humilhante".

Ontem, ele justificou sua preferência pelo fim das negociações devido aos problemas econômicos da Ucrânia, que usa como fonte de energia o gás vindo da Rússia, vendido a preços altos. A necessidade do produto fez com que Kiev cedesse às pressões de Moscou, mesmo quase tendo fechado acordo com a UE.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]