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A União Europeia (UE) adotou novas sanções econômicas mais restritivas contra a Rússia por seu papel na desestabilização da Ucrânia, informou nesta segunda-feira o presidente permanente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

"O Conselho adotou hoje um pacote de novas medidas restritivas contra a Rússia através de um procedimento escrito, intensificando as que foram adotadas no dia 31 de julho", disse Van Rompuy através de um comunicado.

O presidente do Conselho Europeu também destacou que "as sanções buscam promover uma mudança no curso das ações da Rússia na desestabilização no leste da Ucrânia".

Rompuy aproveitou para lembrar que os chefes de Estado e de governo da UE condenaram na cúpula de 30 de agosto o aumento da presença de "milicianos e de armamento da Federação Russa no leste da Ucrânia e as ações das Forças Armadas russas contra o território ucraniano".

Os 28 países do bloco decidiram na última sexta-feira endurecer as sanções econômicas impostas a Moscou desde julho nos mercados de capital, defesa, produtos de uso dual (civil e militar) e tecnologias sensíveis.

Além disso, concordaram em ampliar as restrições de viagem e o congelamento de bens de outros 24 dirigentes e magnatas russos, da Crimeia e de Donbass, a região industrial no leste ucraniano onde estão concentrados os separatistas pró-Rússia.

Van Rompuy detalhou as novas sanções que entrarão em vigor a partir de sua publicação no Diário Oficial da UE, "o que deve acontecer nos próximos dias", segundo o comunicado.

O presidente do Conselho Europeu considerou que esse prazo de alguns dias, "dará tempo para avaliar o plano de paz e o cessar-fogo" estipulado na semana passada pelas autoridades ucranianas e os milicianos separatistas.

"Dependendo da situação no terreno, a UE está preparada para revisar essas sanções", afirmou Van Rompuy.

Essa decisão foi tomada após a reunião informal entre os embaixadores dos 28 países da União Europeia.

Estava previsto que as medidas fossem adotadas formalmente por um procedimento escrito na manhã de hoje e que entrassem em vigor com sua publicação no Diário Oficial da EU desta segunda, mas o bloqueio de alguns membros impediu um acordo sobre as sanções, segundo fontes europeias.

A Comissão Europeia insistiu hoje que as novas medidas contra a Rússia são revogáveis caso o cessar-fogo entre Ucrânia e os rebeldes pró-Rússia seja considerado estável.

"O cessar-fogo será um elemento determinante para a aplicação ou não das sanções", disse a porta-voz comunitária Pia Ahrenkilde.

A Ucrânia e os rebeldes acordaram no dia 5 de setembro com a mediação da Rússia e da UE um cessar-fogo que deveria dar o início a um processo de paz bastante complicado, já que os insurgentes não renunciam à independência.

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