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Os ministros de Agricultura da Europa devem ser convocados para uma reunião emergencial em Luxemburgo no próximo dia 17 a fim de discutir as consequências do surto da bactéria Escherichia coli (E.coli) para produtores de vegetais e frutas da União Europeia (UE). A Hungria, que atualmente detém a presidência rotativa da UE, informou nesta sexta-feira que pretende realizar uma reunião ministerial extraordinária.

Diplomatas citam 17 de junho como uma data provável, mas dizem que uma decisão final será tomada "até segunda ou terça-feira". "A presidência húngara da UE pretende convocar uma reunião extraordinária perto desta data", afirmou o porta-voz da Hungria Marton Hajdu, à agência France Press. Outro diplomata afirmou que havia "uma chance de 95% de a reunião ser convocada."

A Comissão Europeia pode pedir que os ministros considerem uma ajuda aos produtores que sofrem com a repentina perda de apetite por frutas e vegetais após a morte de ao menos 19 pessoas com o surto da bactéria. O comissário de Agricultura, Dacian Ciolos, prometeu na terça-feira avaliar um possível apoio aos agricultores, mas alertou de que a ajuda seria "limitada."

Na cidade de Hamburgo, no norte da Alemanha, um médico sênior afirmou hoje que a situação parece estar se estabilizando. Enquanto isso, o Líbano se juntou à Rússia ao proibir a importação de vegetais cultivados na UE, medida que atraiu críticas ferozes do braço executivo do bloco europeu. A comissão exigiu que ambos os países revoguem imediatamente as restrições. Em Moscou, a UE afirmou que o embargo adotado pelo governo russo contraria os esforços para aderir à Organização Mundial de Comércio (OMC).

Contudo, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, alertou hoje de que não permitirá que a população seja contaminada por causa da OMC. O premiê afirmou que checará a validade da proibição imposta aos vegetais da UE, mas manifestou perplexidade com a ideia de que medida contraria o espírito de adesão ao órgão de comércio. "Eu não sei qual espírito isso contraria", disse Putin em comentários transmitidos pela emissora estatal de TV. "As pessoas realmente estão morrendo por comerem esses produtos, e nós não podemos permitir que nosso povo adoeça por causa de algum tipo de espírito (de adesão)."

A chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu considerar uma compensação para Espanha, após os pepinos espanhóis terem sido injustamente culpados pelo surto mortal da bactéria. Ela fez a oferta ontem em uma conversa por telefone com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, de acordo com o gabinete do governo da Espanha.Suíça

A Suíça identificou uma terceira pessoa infectada com a rara cepa da bactéria E.coli, que já matou 19 pessoas em toda a Europa, informaram hoje autoridades. O órgão público de saúde do país informou em seu site que 28 casos de E.coli enterohemorrágica (EHEC) foram identificados em 2011, sendo 15 desde o começo de maio. Em três deles, resultados laboratoriais confirmaram que a bactéria "tem a mesma cepa detectada no norte da Alemanha", de acordo com o comunicado. O órgão revelou ainda que as três pessoas visitaram a Alemanha, onde 18 mortes foram registradas.

Um total de 1.733 casos foram relatados na Alemanha, com 520 deles resultando em sérias complicações que podem levar à falência dos rins, de acordo com o Instituto Robert Koch, uma entidade de pesquisa fundada pelo Ministério de Saúde da Alemanha. Casos de infecção pela E.coli foram relatados em outros 11 países. As informações são da Dow Jones.

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