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O Irã está perto de fechar um acordo que incluiria a suspensão temporária do enriquecimento de urânio, abrindo o caminho para as negociações nucleares. Mas Teerã deseja manter o acordo em segredo, disse nesta terça-feira o jornal "The Washington Times".

O acordo pode ser completado na terça ou quarta-feira, quando o chefe da política externa da União Européia (UE), Javier Solana, e o negociador nuclear do Irã, Ali Larijani, se encontrarem na Europa, disse o jornal, citando autoridades do governo de George W. Bush que falaram com a condição de manter o anonimato.

Em Bruxelas, uma porta-voz de Solana disse que ele não tem planos de se encontrar com Larijani nesta terça-feira e que ficará em Bruxelas o dia inteiro.

A porta-voz, Cristina Gallach, recusou-se a comentar a reportagem do jornal, mas disse que Robert Cooper, autoridade sênior da UE, e o representante iraniano Javad Vaed debateram em Paris na segunda-feira.

"Estamos trabalhando no encontro com Larijani, mas não vou dizer onde nem quando será, até que realmente aconteça", disse. "Vamos continuar em contato com os iranianos a fim de criar as condições para estas negociações".

Chanceleres das principais potências concordaram na semana passada, em Nova York, em dar a Solana algumas semanas a mais para tentar fazer um acordo sobre o lançamento de negociações formais, e estabeleceram um prazo não-anunciado de até o começo de outubro.

O jornal "The Washington Times" disse que, segundo o acordo, o Irã vai suspender o enriquecimento de urânio por 90 dias para que sejam realizadas mais negociações com diversos países europeus.

O encontro entre Solana e Larijani era esperado, mas duas reuniões marcadas para este mês foram adiadas.

Questionado sobre a exigência de segredo do Irã, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tom Casey, disse ao jornal: "Os termos apresentados pelo Conselho de Segurança são claros: o Irã tem que suspender suas atividades de enriquecimento de urânio, e de maneira verificável".

"Se suspender, podemos começar as negociações. Se não, nos voltamos para sanções", disse Casey.

Estados Unidos, França, Rússia, China, Grã-Bretanha e Alemanha ofereceram em junho um pacote de incentivos para convencer o Irã a abandonar a tecnologia que poderia ser usada para fazer uma arma nuclear.

O Irã afirma que seu programa nuclear visa a geração de eletricidade e ignorou o prazo de 31 de agosto imposto pelo Conselho de Segurança para suspender o enriquecimento.

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