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A União Europeia (UE) elevou hoje a pressão sobre o presidente da Síria, Bashar al-Assad, ao impor sanções contra ele pela primeira vez. Os ministros das Relações Exteriores do bloco também fortaleceram as sanções contra o Irã e devem discutir a questão do processo de paz entre israelenses e palestinos, após as declarações sobre o tema feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na semana passada, além de tratarem também dos eventos na Líbia, na Tunísia e no Egito.

O número de mortos continua a subir na repressão síria, passando de 900. A UE decidiu acrescentar o presidente, junto com várias autoridades, a uma lista de pessoas que haviam recebidos sanções anteriormente. "A repressão na Síria continua", afirmou o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague. "É importante que nos próximos dias nós vejamos na Síria o direito ao protesto pacífico, a libertação de presos políticos e a adoção de um caminho para a reforma, não a repressão", comentou.

Um diplomata da UE afirmou que as sanções têm como objetivo "interromper a violência e pressionar Assad a concordar com um processo de reforma, mas não forçá-lo a renunciar". Mais cedo neste mês, a UE emitiu um embargo à venda de armas, a proibição da emissão de vistos e o congelamento de ativos contra o irmão do presidente, quatro de seus primos e outras autoridades importantes do regime.

Assad poderia ter evitado as sanções se ouvisse os manifestantes e realizasse reformas, segundo o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle. "Ele não escolheu esse caminho, continuou a reprimir violentamente protestos pacíficos. Por isso precisamos aprofundar as sanções, inclusive contra o presidente Assad", justificou. "Quando um regime reprime seu próprio povo dessa maneira, com violência, a UE deve responder".

Em relação ao Irã, os ministros concordaram em acrescentar mais de 100 companhias a uma lista negra de empresas com ativos congelados, por causa do controverso programa nuclear iraniano, disseram diplomatas. Potências internacionais desconfiam que o Irã busque secretamente a tecnologia para a fabricação de armas nucleares, porém Teerã garante que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos, como a produção de energia.

No caso da Líbia, os ministros discutem maneiras de fazer a situação avançar, defendendo um cessar-fogo entre os rebeldes e o regime de Muamar Kadafi, que incluiria uma retirada das forças do regime, para o início de um diálogo político. Um diplomata disse que os membros da UE não estão tão unidos na crença de que Kadafi deve deixar o poder antes de um cessar-fogo ou do início das negociações políticas. "Mas a liderança rebelde não cederá nesse ponto", notou a fonte, que pediu anonimato.

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