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Antenas da antiga sede da Agência Nacional de Segurança (NSA), em Berlim, na Alemanha | Pawel Kopczynski/Reuters
Antenas da antiga sede da Agência Nacional de Segurança (NSA), em Berlim, na Alemanha| Foto: Pawel Kopczynski/Reuters

Asilo

Destino de Snowden depende da Rússia, diz Correa

Reuters

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse ontem que o destino do ex-funcionário de inteligência dos Estados Unidos Edward Snowden está nas mãos de autoridades na Rússia, onde ele está isolado com esperanças de receber asilo no país sul-americano.

Correa disse que seu governo não pode começar a considerar o pedido de Snowden até que ele chegue ao Equador ou a uma embaixada equatoriana. "Ele será tratado como qualquer outro cidadão, apesar de não ter um passaporte. Está claro que essa é uma situação especial".

Vazamento

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse ontem que Snowden garantiu que as informações captadas sobre programas de vigilância norte-americanos continuarão a ser publicadas independentemente do que acontecer com o ex-funcionário da agência de espionagem dos EUA.

Na semana passada, Glenn Greenwald, o jornalista do Guardian que publicou pela primeira vez as informações obtidas por Snowden, disse que Snowden havia feito cópias codificadas de seus arquivos e distribuído-as caso algo acontecesse com ele.

A União Europeia (UE) está investigando a suposta espionagem por parte da americana Agência Nacional de Segurança (NSA) dos computadores das representações comunitárias em Washington, afirmou ontem a Comissão Europeia.

"Estamos cientes dos artigos da imprensa e estamos levando a cabo a investigação e as comprovações necessárias", disse o porta-voz comunitário Olivier Bailly, que se recusou a fazer mais comentários sobre a questão por enquanto.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, declarou-se "profundamente preocupado e surpreendido" com as revelações e exigiu que os Estados Unidos esclareçam o ocorrido.

"Se as acusações se mostrarem reais, seria um assunto muito grave e que terá um sério impacto nas relações UE-EUA", afirmou o socialista alemão por meio de um comunicado. "Em nome do Parlamento Europeu exijo um esclarecimento completo e mais informação de maneira rápida das autoridades americanas sobre estas acusações", acrescentou.

A Eurocâmara espera que a Comissão e o Conselho da UE compartilhem na próxima quarta-feira com os eurodeputados, reunidos em sessão plenária em Estrasburgo (França), os dados que tenham obtido sobre o caso.

As três instituições realizarão neste dia um debate, que já estava previsto, mas que agora assume proporções ainda maiores, sobre as consequências para a privacidade dos cidadãos do programa de espionagem Prism, da NSA, e a importância de avançar na reforma da legislação comunitária sobre proteção de dados.

Revelações

A suposta espionagem foi revelada neste fim de semana pela revista alemã Der Spiegel, que cita documentos do ex-colaborador do serviço secreto americano Edward Snowden (leia mais acima).

Segundo a publicação, a NSA espionou as representações da UE e da ONU nos Estados Unidos através de microfones instalados nesses edifícios e por meio da rede de computadores interna conectada a Bruxelas. Além disso, o organismo teve acesso a conteúdos de conversas confidenciais, correios eletrônicos e arquivos dos computadores da UE e da ONU.

A Der Spiegel informou também que há cinco anos os especialistas de segurança da UE registraram várias tentativas de ataque cibernético em sua sede de Bruxelas, onde todos os ministros comunitários têm gabinete e conexões na internet.

Os analistas de segurança seguiram a pista desses ataques e localizaram sua origem na sede da Otan, em Bruxelas.

Além da UE e da ONU, a revista revelou em sua edição de ontem que a NSA armazena mensalmente cerca de 500 milhões de conversas telefônicas ou pela internet na Alemanha em operações sistemáticas de espionagem.

A publicação afirmou, além disso, que o controle das comunicações é maior no caso da Alemanha do que em outros países europeus, como por exemplo a França, com cerca de dois milhões de casos diários.

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