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A Comissão Europeia disse nesta quarta-feira (24) lamentar a morte do preso político cubano Orlando Zapata. O dissidente morreu após uma longa greve de fome, com a qual tentava pressionar Havana a avançar no setor de direitos humanos. "Nós lamentamos profundamente a morte de Orlando Zapata e oferecemos nossas condolências à sua família", afirmou John Clancy, porta-voz da Comissão da União Europeia.

Funcionários do setor de saúde anunciaram na terça-feira (23), em Cuba, a morte do preso político de 42 anos. Zapata estava em greve de fome havia 85 dias, levando outros dissidentes a culpar o governo por sua morte. Detido desde 2003, ele foi descrito como um preso de consciência pela Anistia Internacional. O dissidente já havia culpado a piora de sua saúde em razão das condições ruins nas prisões cubanas.

A União Europeia continua a pedir que o governo cubano "melhore efetivamente a situação de direitos humanos no país, libertando incondicionalmente todos os prisioneiros políticos", afirmou Clancy à agência France Presse. "Essas questões são discutidas no nível mais alto no âmbito do diálogo político entre UE e Cuba e permanecem uma prioridade da UE", disse o funcionário.

O anúncio da morte ocorreu no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou para uma visita oficial a Cuba. No domingo, 50 presos políticos, membros de um grupo de 75 pessoas condenadas em 2003, pediram em carta que Lula, durante sua visita, intercedesse por eles em conversas com autoridades.

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