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Os governos europeus estão trabalhando para superar obstáculos na tentativa de convencer seus bancos a voluntariamente rolarem até 30 bilhões de euros em bônus gregos que vencerão nos próximos anos, segundo pessoas com conhecimento do assunto. Autoridades dos Ministérios de Finanças da Alemanha, França e outros países têm pedido que os credores privados da Grécia compartilhem o ônus de um segundo resgate para o governo grego. Tal medida, que significa que os credores incorrerão em prejuízos, precisa ser aceita voluntariamente para evitar que as agências de classificação de risco afirmem que a Grécia declarou a moratória de sua dívida.

Nesta sexta-feira (24) o primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Rodriguez Zapatero, disse que as instituições financeiras espanholas estão dispostas a participar da rolagem da dívida da Grécia. "Isso não deve representar um problema significativo para as instituições financeiras em razão de sua baixa exposição" à dívida grega, declarou Zapatero após uma reunião de líderes da União Europeia em Bruxelas.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também se mostrou otimista. "Nós tivemos muitas reuniões com bancos e empresas de seguro franceses e nós fomos informados sobre todas as reuniões na zona do euro com instituições equivalentes e não temos dificuldades ou preocupações", disse Sarkozy.

Os líderes da União Europeia esperam que "um montante substancial" seja incluído no próximo pacote de ajuda para a Grécia a partir das rolagens dos bônus gregos pelos investidores privados. Mas várias questões, como as garantias que os investidores pedem e as contínuas objeções do Banco Central Europeu (BCE), ainda precisam ser resolvidas, segundo fontes.

Os governos europeus esperam ter uma ideia mais clara sobre o envolvimento do setor privado a tempo das reuniões de ministros de Finanças da zona do euro nos dias 3 de julho e 11 de julho, quando os detalhes sobre o próximo pacote de ajuda para a Grécia deverão ser definidos.

"O plano é rolar um máximo de 30 bilhões de euros em bônus com vencimento até o fim de 2014 ou 2015. Os líderes acham que isso é possível, mas reconhecem que será difícil tudo ser resolvido até o dia 3 de julho e reconhecem que ainda há certa relutância de alguns diretores do BCE que temem que isso seja visto como um evento de crédito pelas agências de rating", disse uma fonte.

Mesmo uma rolagem voluntária da dívida grega pode não ser suficiente para evitar que a Grécia seja declarada em moratória. Agências de rating têm alertado que a rolagem da dívida de um país como a Grécia, que é classificada bem abaixo do grau de investimento, provavelmente será considerada um default. As informações são da Dow Jones.

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