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Terminou o drama dos turistas brasileiros que não conseguiam deixar a região da Patagônia chilena desde terça-feira, quando uma manifestação popular parou as cidades de Puerto Natales e Punta Arenas.

Durante todo o final de semana, integrantes da organização internacional de ajuda humanitária Cruz Vermelha cadastraram os turistas e negociaram com os grevistas a saída de comboios com turistas da região.

"Eles nos deram duas opções. Nós escolhemos sair de Puerto Natales para a cidade argentina de El Calafate, pois continuaremos nossa viagem da Argentina", conta Silvia Calmon, brasileira que estava 'presa' até ontem. Como o governo argentino não autorizou o pouso da aeronave da força aérea chilena, Silvia e sua família enfrentaram os cerca de 350 km de van.

Já no aeroporto da cidade argentina, mais confusão, já que a grande maioria das pessoas tinha perdido seus voos. Mas segundo Silvia, todos entraram em lista de espera e terão direito a passagem de volta para casa ou para seguir com a viagem que estavam fazendo.

O problema maior ficou por conta dos que escolheram ir de Puerto Natales para Punta Arenas. O deslocamento até o aeroporto aconteceu sem maiores dificuldades. Mas chegando lá, os brasileiros tiveram outra surpresa. "Agora estou no aeroporto de Punta Arenas, vim resgatado pela força aérea Chilena. O problema é que o aeroporto também está sitiado e MUITO lotado", relatou Gabriel Brezinski, no domingo, pelo twitter, antes da situação se normalizar.

Silvia lembra ainda, que os manifestantes fizeram uma lista de prioridades para os turistas embarcarem. E só permitiram que idosos, mulheres grávidas e famílias com crianças pequenas deixassem a região. "Os demais ficaram, mais ou menos a metade do total de pessoas que estavam lá. Teve turista que ficou preso no parque nacional, e teve que caminhar por mais de 100 km para chegar no centro da cidade", contou.

Representantes da Cruz Vermelha que disponibilizaram abrigo e alimentação em uma escola de Punta Arenas afirmaram que já não há brasileiros no local.

O Itamaraty chegou a cogitar o envio de aeronave do modelo Hércules para resgate no local, mas a ideia não se materializou.

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