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Na maior economia do mundo, um em cada oito americanos (sendo um em cada quatro negros) vivem na pobreza, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Escritório do Censo dos Estados Unidos. O números, relativos ao ano de 2005, não sofreram alteração em comparação aos divulgados em 2004.

Também segundo a pesquisa 15,9% da população, ou 46,6 milhões de pessoas, não tem plano de saúde. A proporção subiu 0,3% em relação a 2004, no quinto aumento seguido.

Foi a primeira vez, desde que o presidente George W. Bush assumiu o poder, em 2001, que a taxa de pobreza não aumentou. Assim como nos anos anteriores, os dados mostraram que a pobreza se concentra especialmente entre os negros e a população de origem hispânica.

No total, cerca de 37 milhões de americanos estavam abaixo da linha da pobreza, definida como uma renda anual de menos de US$ 10 mil ao ano por indivíduo, ou de menos de US$ 20 mil para uma família de quatro pessoas. A definição é bem diferente da usada pelo Banco Mundial, que determina a linha da pobreza como abaixo de US$ 1 por dia de renda per capita.

A última redução na proporção de pobreza nos Estados Unidos foi registrada em 2000, o último ano do governo de Bill Clinton, quando ela caiu para 11,3%.

- Isso mostra que estamos gastando mais dinheiro que nunca em programas de combate à pobreza e que não fizemos nada para reduzi-la - disse Michael Tanner, do Instituto Cato, um centro de estudos sobre livre mercado, com sede em Washington.

Cerca de um quarto dos negros e 21,8% dos hispânicos estavam abaixo da linha da pobreza. Entre os brancos, a taxa flutuou de 8,7% em 2004 para 8,3%.

- Entre os afro-americanos, o problema está ligado principalmente aos centros urbanos e às mães solteiras - disse Tanner.

Segundo ele, os negros também sofrem mais com problemas na educação e com empregos menos especializados. A renda média da população negra, de US$ 30.858 ao ano, representa apenas 61% da renda média dos brancos.

Uma proporção de 17,6% das crianças e jovens de menos de 18 anos e de 20% nas crianças de menos de 6 anos estavam na pobreza. A proporção é maior que em qualquer outra faixa etária.

A renda familiar média real subiu 1,1%, de US$ 45.816 para US$ 46.326 - o primeiro aumento desde 1999.

Os números incluem grandes variações regionais. A renda média em Nova Jersey era de US$ 61.672 ao ano, contra US$ 32.938 no Mississippi. Entre as grandes cidades com proporções altas de pobres estavam Cleveland, com 32,4%, e Detroit, com 31,4% dos habitantes abaixo da linha da pobreza.

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