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Somalis disputam água em campo de refugiados em Hodan, distrito de  Mogadíscio, capital da Somália | Feisal Omar/Reuters
Somalis disputam água em campo de refugiados em Hodan, distrito de Mogadíscio, capital da Somália| Foto: Feisal Omar/Reuters

FAO

Falta de alimentos atinge 6 milhões de norte-coreanos

A crescente crise alimentar na Coreia do Norte ameaça deixar 6 milhões de pessoas sem comida suficiente no país, onde um terço das crianças abaixo dos 5 anos já sofre de desnutrição. O cálculo é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

A redução da ajuda internacional, um inverno rigoroso que atingiu as plantações e a queda da quantidade de alimentos que o país comprou do exterior deixaram a Coreia do Norte com escassez crônica de comida, afirmou a FAO.

Em declarações feitas em Bangcoc, Tailândia, no retorno de sua visita ao país, feita após convite das autoridades de Pyongyang, o diretor da FAO para Ásia e Pacifico, Hiroyuki Konuma, afirmou que há um déficit de cerca de 1 milhão de toneladas de comida no país.

A ajuda humanitária para a Coreia do Norte "diminuiu dez vezes" nos últimos dez anos, informou a agência da ONU.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU, que lançou uma operação de emergência na Coreia do Norte em abril deste ano, fez um apelo para a arrecadação de 300 mil toneladas de alimentos básicos neste ano, mas recebeu pouco mais de 10% dessa quantidade.

Agência Estado

Quase 1 milhão de somalis estão vivendo como refugiados em quatro países vizinhos e um terço de toda a população da So­­mália está atualmente fora de suas casas. Os números estão em um relatório divulgado ontem pelo Escritório da ONU para Co­­ordenação de As­­suntos Huma­­nitários (Ocha, na sigla em inglês).

Segundo o documento, organizações parceiras estimam que, nas últimas semanas, mais de 1,2 mil pessoas cruzam diariamente a fronteira rumo ao Quênia.

As estimativas da ONU são de que 917 mil somalis vivem como refugiados em território queniano, na Etiópia, Djibouti e Iêmen. Além disso, cerca de um somali em cada três teve que deixar sua casa neste ano.

A ONU alertou ainda que, apesar das intervenções, possivelmente ocorrerá um aumento nas estatísticas de subnutrição e mortalidade nos próximos dois meses, em parte por causa do maior ocorrência de doenças que devem chegar como consequência da temporada de chuvas.

Cerca de 4 milhões de pessoas em todo o país enfrentam a crise alimentar que assola a região do Chifre da África, sendo que 3 mi­­lhões delas se concentram no sul da Somália. O número de somalis que correm risco de morrer devido à condição alimentar precária a que estão submetidos é de 750 mil.

Até o momento, foi declarado estado de fome em seis regiões somalis, todas elas no sul do país. A ONU disse também que a situação pode piorar caso não haja intervenções massivas contra a crise alimentar.

Plano regional

Os governos de países da Áfri­­ca Oriental buscam financiamentos para o combate à fo­­me. "Necessitamos de construir barragens hidráulicas pa­­ra conservar a água, estradas e ferrovias, além de investir em es­­colas e serviços de saúde", declarou o ministro queniano dos Negócios Estrangeiros, Moses Wetangula.

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