Cientistas da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos, anunciaram nesta semana, em Pequim, a descoberta pela missão espacial Kepler do primeiro sistema circumbinário e multiplanetário, no qual mais de um planeta orbita ao redor de dois sóis.
A descoberta, divulgada na Assembleia Geral da União Astronômica Internacional, na capital chinesa, "mostra que sistemas planetários podem se formar e sobreviver inclusive no caótico meio ao redor de uma estrela binária", segundo os cientistas da universidade californiana, liderados pelo astrônomo Jerome Orosz.
As duas estrelas do novo sistema, batizado como Kepler-47 e situado a cinco mil anos-luz na constelação do Cisne, orbitam uma ao redor da outra a cada sete dias e meio; uma delas é similar em tamanho ao Sol, enquanto a outra tem um volume três vezes menor e é 175 vezes mais fraco.
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Um encontro na China
Os avanços na busca das origens do Universo e dos planetas similares à Terra foram os principais assuntos discutidos na 28ª edição da Assembleia Geral da União Astronômica Internacional, encerrada ontem em Pequim, na China.
Durante duas semanas, mais de 2 mil astrônomos compartilharam seus descobrimentos e experiências no evento trienal, iniciado em 1922 e que nesta ocasião foi sediado em um dos países que aposta com maior ambição na pesquisa do espaço.
Os futuros observatórios solares, a construção de "supertelescópios" no Chile e no Havaí (EUA) e os avanços no descobrimento de objetos cada vez menores no espaço foram alguns dos temas que mais foram abordados durante as conferências.
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