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Lula entre Cristina Kirchner, da Argentina, e Rafael Correa, do Equador, durante encontro em Georgetown, na Guiana | Jorge Silva/Reuters
Lula entre Cristina Kirchner, da Argentina, e Rafael Correa, do Equador, durante encontro em Georgetown, na Guiana| Foto: Jorge Silva/Reuters

Brasil tutelará bloco regional

Georgetown - Com receio de uma crise que comprometa o futuro da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o Brasil, numa iniciativa incomum, será uma espécie de tutor da Guiana quando o país exercer a presidência rotativa da entidade, em 2011.

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Georgetown - Os governos da Unasul aprovaram ontem um pacote de medidas com punições a nações sul-americanas que romperem a ordem democrática, numa cúpula que passará à história como a primeira sem atritos entre seus participantes. O "protocolo democrático" as­­sinado em Georgetown havia sido definido na véspera pelos países integrantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

"Nós já assinamos", disse o venezuelano Hugo Chávez a jornalistas na saída de uma reunião. Ele esclareceu que o documento foi aprovado por consenso, e que a única mudança em relação ao documento aprovado pelos ministros foi o uso do termo "protocolo" em vez de "cláusula". O documento estabelece sanções diplomáticas, políticas e comerciais contra qualquer golpe de Estado ou tentativa de golpe de Estado na Amé­­rica do Sul, explicou o chanceler do Equador, Ricardo Patiño. Entre as sanções previstas estão restrições ao comércio, fechamento de fronteiras terrestres e suspensão de operações aéreas.

O pacote é um claro apoio à de­­mocracia no Equador, onde em 30 de setembro ocorreu uma rebelião policial que o governo de Ra­­fael Cor­­rea qualificou como tentativa de golpe de Estado.

A Unasul reagiu rapidamente na ocasião e realizou em Buenos Aires uma reunião extraordinária para celebrar a vitória de Correa contra a repressão. A mobilização foi uma das últimas ações públicas do ex-presidente argentino Néstor Kirch­­ner, então secretário-geral da Una­­sul, que morreria semanas depois, vítima de um infarto.

Participantes

A cúpula de Georgetown contou com as presenças dos presidentes da Argentina, Suriname, Equador, Guiana, Colômbia, Paraguai, Bra­­sil e Venezuela. Os governos de Pe­­ru, Bolívia, Uruguai e Chile enviaram outros representantes que não seus presidentes.

Lula foi aplaudido de pé, nu­­ma homenagem por sua atuação na região. O ex-presidente da Argen­­tina Néstor Kirchner, ex-secretário-geral da entidade, também foi homenageado. Um dos objetivos da reunião da cúpula da Unasul era justamente eleger um substituto para Kirchner, mas ainda não há consenso sobre o assunto.

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