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Foto cedida pela agência de notícias do governo sírio mostra policiais durante exercício militar nas proximidades de Damasco | Sana/EFE
Foto cedida pela agência de notícias do governo sírio mostra policiais durante exercício militar nas proximidades de Damasco| Foto: Sana/EFE

Genebra 2

Conferência vai discutir solução para conflito

Os membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSUN) realizam, em junho, uma conferência que tem como objetivo encontrar soluções para a situação Síria. Chamada de "Genebra 2", a reunião, proposta por Washington e Moscou, vai ocorrer na capital da Bélgica e servirá para promover o encontro da oposição e do regime sírio.

Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores do país comandado por Bashar al-Assad, Walid Mouallem, declarou ter informado o primeiro-ministro e o chefe da diplomacia iraquiana que, a princípio, estará presente.

O chanceler francês Laurent Fabius se reúne, hoje, com seus colegas da Rússia, Serguei Lavrov, e dos Estados Unidos, John Kerry, para se preparar para a conferência. O Irã, que também vai participar, realiza amanhã, em Teerã, outra reunião de preparação. Há conflitos mesmo entre os países que organizam "Genebra 2". Enquanto a França se opõe à participação iraniana, os russos a defendem, além de desejarem que a Arábia Saudita esteja presente nas negociações.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia concordaram ontem em suspender o embargo ao fornecimento de armamentos aos rebeldes que lutam há mais de dois anos contra o regime do presidente da Síria Bashar al-Assad. Agora, os países que integram o bloco estão livres para decidir se enviam armas ou não aos insurgentes. Todas as sanções financeiras impostas ao país do Oriente Médio foram renovadas por mais um ano.

O fim do embargo foi confirmado pelo chanceler britânico, William Hague, por meio do Twitter, às 18h48 (horário de Brasília). Ele participa, ao lado dos demais chanceleres do bloco, de uma reunião sobre o tema em Bruxelas, capital da Bélgica. Hague enfatizou, no entanto, que não haviam sido tomadas decisões em relação ao envio efetivo de armamento ao país.

A medida era a defendida pelo Reino Unido e pela França, os únicos dois membros da UE que também integram o seleto grupo de membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU). Enquanto o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, disse que as armas entregues aos rebeldes poderiam ser monitoradas, o chanceler britânico argumentou que o fornecimento de armas poderia ajudar a diminuir o número de mortos na Síria, que já chegou a 80 mil, de acordo com estimativas da ONU.

Vários países, entre eles a Áustria, a República Tcheca, a Finlândia e a Suécia, opuseram-se à proposta por medo de que as armas pudessem cair nas mãos de grupos extremistas islâmicos. Poucas horas antes do anúncio de Hague, o ministro de Relações Exteriores da Áustria, Michael Spindelegger, que liderava a oposição ao fim do embargo, havia afirmado que um acordo "não havia sido possível".

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