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O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, expressou nesta quarta-feira diante da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) sua preocupação com a corrida armamentista iniciada por alguns países da América Latina e pediu ao organismo que reforce suas ações para evitar agressões.

O mandatário não mencionou ninguém em particular, mas seu discurso acontece no momento em que países como a Venezuela divulgam investimentos milionários em compras de armas da Rússia e nações sul-americanas questionam um acordo militar da Colômbia com os Estados Unidos.

Uribe garantiu que as compras de armas e material bélico da Colômbia, um dos maiores produtores mundiais de cocaína, estão destinadas a combater a guerrilha esquerdista, os grupos armados ilegais e o narcotráfico em seu território.

"Nosso objetivo é recuperar a segurança doméstica, nunca participar da corrida armamentista para o jogo sangrento da guerra internacional. Nossa tradição é de respeito à comunidade global", afirmou.

"Preocupa-nos que em lugar de avançar para uma maior cooperação para a segurança, a paz e a tranquilidade dos cidadãos de cada país, se acelere a corrida armamentista que alguns justificam pela necessidade de modernizar seus equipamentos militares, enquanto outros confessam sua disposição para a guerra", disse.

A Colômbia pretende firmar um acordo com Washington que autoriza militares dos EUA a utilizar sete bases no país sul-americano para desenvolver operações contra o narcotráfico e o terrorismo.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o mais forte crítico de Washington na região, considera que o acordo é uma ameaça para sua revolução bolivariana e mais um passo na intenção dos Estados Unidos de invadir seu território.

Outros mandatários sul-americanos, como o boliviano Evo Morales, se uniram às críticas contra a Colômbia.

Uribe, considerado o mais forte aliado de Washington na América Latina no momento em que governantes de esquerda ganham destaque na região, afirma que o convênio não autoriza Washington a lançar ofensivas em um terceiro país, mas não conseguiu acalmar as inquietações de seus vizinhos.

Chávez anunciou recentemente um acordo com a Rússia para financiar armamentos de cerca de 2,2 bilhões de dólares. O mandatário já havia encomendado um pacote de armas milionário da Rússia incluindo aviões, helicópteros e fuzis.

Além da Venezuela, o Brasil anunciou que comprará aviões de combate, enquanto Equador e Chile fortaleceram sua frota aérea recentemente e a Bolívia admitiu planos de comprar aviões e helicópteros franceses e russos.

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