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O presidente Alvaro Uribe sofre pressão dos vizinhos contra a instalação de bases militares dos EUA na Colômbia | Jose Miguel Gomez/Reuters
O presidente Alvaro Uribe sofre pressão dos vizinhos contra a instalação de bases militares dos EUA na Colômbia| Foto: Jose Miguel Gomez/Reuters

Caracas e Farc mantêm laço, afirma jornal

Segundo reportagem do jornal americano The New York Times, dados obtidos em computadores das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) provam que altos membros da Venezuela auxiliaram recentemente a guerrilha colombiana.

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Brasília - O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, pediu reunião de emergência com o presidente Lula, em Brasília. Para atendê-lo na quinta-feira, o brasileiro desmarcou viagens ao Maranhão e Piauí, onde faria inaugurações e vistoria de obras. Uribe quer conversar sobre o plano para incrementar a presença militar dos EUA em seu país, ideia que gerou um mal-estar diplomático na região.

Avisado que o plano será de­­batido pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Uribe se recusou a participar da reunião agendada para a próxima segunda em Quito. E pediu um encontro reservado com Lula para tratar do tema.

Além do Brasil, Uribe também deve ir nesta semana à Ar­­gentina, Peru, Chile e Paraguai para conversar com seus colegas sobre o plano. Ele ainda quer se reunir com Evo Morales (Bolívia) e Tabaré Vázquez (Uruguai), mas ainda não marcou as viagens.

Ficarão fora da ofensiva diplomática a Venezuela e o Equador. A primeira congelou as relações com Bogotá após ser publicamente cobrada sobre o encontro de armas do seu Exército com as Forças Armadas Revolucio­­nárias da Colômbia (Farc) – o presidente Hugo Chávez qualificou a denúncia de "cortina de fumaça’’ para desviar a atenção da discussão sobre as bases. O se­­gundo não mantém relações di­­plomáticas com a Colômbia desde o ataque pelo Exército colombiano a um acampamento das Farc em seu território, em 2008, e se vê em meio a denúncias de ligação da guerrilha com o presidente Rafael Correa.

Na visita ao Brasil, Uribe tentará acalmar as preocupações externadas pelo país ao acordo com os EUA. Em entrevista, o chanceler Celso Amorim disse que o uso de bases militares da Colômbia pelos Estados Unidos causa preocupação e reclamou que não houve consulta prévia aos vizinhos.

Na semana passada, Lula se disse contrário à instalação de bases americanas no país vizinho. "Não me agrada mais uma base na Colômbia. Mas como eu não gostaria que o Uribe desse palpite nas coisas que eu faço, prefiro não dar palpite nas coisas do Uribe.’’ Na ocasião, o presidente disse que o fórum ideal para tentar solucionar o impasse seria a reunião da Unasul.

Como Uribe cancelou a ida ao Equador, as chancelarias de Bra­­sil e Colômbia acertaram ontem pela manhã a viagem a Brasília. A visita se dará no dia se­­guinte à passagem do assessor de Segu­­rança Nacional da Casa Branca, Jim Jones, por Brasília.

Hoje, Jo­­nes se reúne com os mi­­nistros Édison Lobão (Minas e Energia), Nelson Jobim (Defesa) e Dilma Rousseff (Casa Civil), além do assessor especial da Presi­­dên­­cia para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia. Amanhã, será recebido por Amorim.

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As bases militares dos EUA na América do Sul são uma ameaça à soberania brasileira?

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