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O fechamento da usina de Hamaoka pode criar problemas de falta de energia, mas melhoras na segurança são imprescindíveis | Issei Kato/Reuters
O fechamento da usina de Hamaoka pode criar problemas de falta de energia, mas melhoras na segurança são imprescindíveis| Foto: Issei Kato/Reuters

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Tepco pedirá ajuda do governo

O presidente da Tokyo Electric Power (Tepco), Masataka Shimizu, fará uma visita à residência oficial do primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, a fim de pedir ajuda do governo para pagar indenizações às pessoas afetadas pelo acidente com a usina nuclear de Fukushima, reportou o jornal The Nikkei.

Shimizu se reunirá com o secretário-chefe do Gabinete do Japão, Yukio Edano. O ministro da Economia, Comércio e Indústria, Banri Kaieda, vai assistir à reunião.

Membros importantes do governo têm realizado reuniões para debater uma ajuda governamental à Tepco desde o início do mês. De acordo com uma proposta a ser discutida, aumentos da taxa de eletricidade são vistos como inevitáveis pelas operadoras de usinas nucleares. Como resultado, a visão predominante no governo é que, visto que os clientes de concessionárias serão obrigados a arcar com o ônus, a Tepco precisa tomar medidas adicionais de reestruturação.

A terceira maior operadora de energia do Japão concordou on­­tem em fechar a usina nuclear de Hamaoka até que consiga melhorar a estrutura de segurança contra tsunamis como o ocorrido em 11 de março, detonador da pior crise atômica global em 25 anos.

A medida de fechar a usina Hamaoka, operada pela Chubu Electric Power, localizada 200 quilômetros a sudoeste de Tóquio e considerada uma das mais perigosas do país, ocorre após um inesperado apelo público do primeiro-ministro, Naoto Kan.

O pedido para o fechamento apon­­ta para uma mudança na política energética depois do de­­sastre envolvendo a usina de Fu­­kushima Daiichi, no nordeste do país. Ela foi danificada por um tsu­­nami gigante causado por um dos maiores terremotos já registrados, ambos ocorridos em 11 de março.

A empresa afirmou que pode recolocar a usina em funcionamento assim que um muro contra tsunamis e outras medidas de se­­gurança sejam aprovadas pelas autoridades. Isso pode levar dois anos, aumentando o risco de falta de eletricidade, o que já era uma ameaça após o fechamento da usina de Fukushima.

Longo prazo

"Interrompendo os trabalhos na usina nuclear de Hamaoka, estamos causando um grande problema a curto prazo não apenas para aqueles da região da usina, mas também a muitos outros, incluindo nossos clientes e acionistas", afirmou o presidente da Chubu Electric, Akihisa Mizuno, em coletiva de imprensa. "Mas implementar firmemente medidas para fortalecer a segurança será o alicerce para manter a energia nuclear segura e estável no longo prazo e, no final, gerar benefícios aos nossos clientes."

As interrupções na produção de energia podem não ser grandes o suficiente para atrasar a retomada econômica, porque os serviços devem suprir a demanda no verão japonês com energia termelétrica do oeste do país.

Medo

Outra operadora de usina nuclear, a Japan Atomic Power, afirmou que estancou um pequeno vazamento de radiação na usina de Tsuruga, na costa oeste, o primeiro desde o início das operações, em 1987. A operadora disse que o vazamento não causou danos ao meio ambiente.

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