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Novas análises realizadas pela Tokyo Electric Power (Power), proprietária da usina nuclear Daiichi, em Fukushima, confirmaram que os reatores 2 e 3 da usina tiveram um superaquecimento de suas barras de combustível, causando o derretimento parcial desses componentes, informou hoje um porta-voz da empresa. Esse derretimento, porém, foi menos grave que o ocorrido no reator número 1.

A Tepco havia dito anteriormente que o núcleo do reator 1 havia derretido completamente e caído no fundo do recipiente pressurizado onde está abrigado. As análises divulgadas hoje mostram que houve também danos substanciais nas unidades 2 e 3, disse o porta-voz da Tepco, Junichi Matsumoto. Segundo ele, a análise confirma a visão da companhia de que a crise foi causada pelo tsunami, que paralisou importantes sistemas, e não pelo terremoto de magnitude 9,0. Os dois fenômenos ocorreram no mesmo dia, em 11 de março.

"Nenhuma mudança foi detectada nas temperaturas ou nos níveis de pressão dos reatores imediatamente após o terremoto", afirmou Matsumoto. Não havia dados indicando rupturas ou vazamentos ocorridos em qualquer dos seis reatores da usina após o tremor, acrescentou. "Foi a perda de energia e do suprimento de água no tsunami que causou o superaquecimento dos reatores".

A Tepco e também o governo rejeitam a hipótese de que o terremoto danificou os reatores, e rechaçam ainda as acusações segundo as quais as companhias nucleares não são capazes de lidar com violentos tremores. Essa questão deve ser um importante tópico da investigação de um painel da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que começou a trabalhar hoje.

Matsumoto disse que o sistema de resfriamento emergencial foi ligado nas unidades 2 e 3, permitindo que a temperatura fosse controlada nos reatores. Porém esse sistema parou de funcionar após dois dias, provocando o derretimento parcial no núcleo desses reatores. O porta-voz disse que os danos ocorreram em 13 de março no reator 3 e no dia 14 no número 2.

Posteriormente, a Tepco tomou a medida pouco usual de usar água do mar para resfriar os reatores, evitando o pior cenário de superaquecimento nas estruturas que abrigam os reatores e a emissão de grandes quantidades de radiação na atmosfera.

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