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O caminho para a ampliação efetiva de scanners de segurança para o corpo inteiro nos aeroportos dos EUA passa pela Casa Branca.

O frustrado atentado do dia de Natal no voo Amsterdã-Detroit levou parlamentares a proporem um maior uso de um tipo de varredura corporal que seria capaz de detectar itens não-metálicos como os explosivos usados no incidente envolvendo um militante islâmico da Nigéria.

As autoridades holandesas anunciaram na quarta-feira que o aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, onde o suspeito fez conexão, começará a usar os scanners de corpo inteiro dentro de três semanas.

O presidente Barack Obama poderia acelerar a adoção de uma medida semelhante porque o Departamento de Segurança Doméstica e a Administração da Segurança do Transporte (TSA) não precisam de legislação do Congresso para começar a usar esses dispositivos em qualquer um dos 560 aeroportos com voos regulares nos EUA.

Atualmente, o uso se limita a 19 aeroportos e o passageiro pode preferir uma revista manual.

Uma decisão do governo de ampliar o uso desses equipamentos deve abrir uma onda de expansão entre os fabricantes dos scanners, o que já criou um pico especulativo que elevou o valor das ações de algumas empresas.

A medida também enfrentaria resistência de ativistas civis, para os quais os scanners são uma invasão de privacidade equivalente a tirar a roupa do cidadão - o que os defensores do equipamento negam veementemente.

O sistema localiza objetos escondidos sob as roupas e conseguem produzir imagens detalhadas do corpo. Os operadores em uma sala à parte veem uma imagem que borra o rosto e os genitais.

Num programa piloto implementado após os atentados de 11 de setembro de 2001, a TSA opera unidades com tecnologia de ondas de 40 mm em 19 aeroportos, e adquiriu 150 raios-X de baixa intensidade, tipo "backscatter", para serem instalados ao longo do próximo ano, ao custo de 130 mil a 160 mil dólares por unidade. Além disso, a TSA tem planos e verbas para comprar outros 300 em 2010.

Facas de cerâmica, pós e líquidos explosivos hoje passam por detectores de metal habituais, e as autoridades cogitam obrigar os passageiros a passarem por revistas eletrônicas de corpo inteiro.

"Seria uma decisão do Departamento de Segurança Doméstica. Claramente trabalharíamos com o departamento, a Casa Branca e nossos parceiros parlamentares em decisões de segurança", disse na terça-feira Greg Soule, porta-voz da TSA.

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