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Moradores de Pequim reclamam há algum tempo dos altíssimos preços dos imóveis e do alto custo de vida na cidade, o que torna cada vez mais caro viver na capital da China. Mas agora a valorização chegou aos cemitérios. De acordo com o jornal estatal "Semanal Jurídico", os preços das vagas aumentaram mais de 30% ao ano. Descansar em paz ao lado de líderes políticos e funcionários do governo, enterrados no famoso cemitério Babaoshan, por exemplo, pode sair a US$ 165 mil dólares por metro quadrado.

Enterros foram proibidos na China em 1997, em um esforço para economizar espaço nas vilas e grandes cidades do país. Mas mesmo encontrar um local para as cinzas pode custar caro. Lotes em cemitérios mais populares podem custar até US$ 60 mil ou US$ 70 mil por metro quadrado, valor que daria para comprar uma pequena casa em algumas áreas dos Estados Unidos.

A rápida inflação é reflexo do espaço limitado ainda disponível nas metrópoles. Mas especialistas dizem que a falta de regulamentação da indústria funerária também pode ser culpada. Alguns relatórios acusaram governos locais de aumentar o preço das parcelas, a fim de aumentar suas próprias receitas. O governo chinês tenta agora incentivar moradores de grandes cidades a adotar novas formas de cerimônia fúnebre, como o sepultamento no mar.

A questão tem sido um dos temas mais comentados no Weibo, rede semelhante ao Twitter na China, onde moradores desabafaram esta semana sobre o aumento do custo de vida.

"Não se pode se dar ao luxo de dar à luz, não se pode dar ao luxo de viver, não se pode se dar ao luxo de morrer", escreveu Chen Mingsheng, internauta da província de Guangdong.

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