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Subiu para 48 o total de mortos após um carro-bomba explodir nesta quinta-feira perto de uma cerimônia muçulmana xiita em Bagdá, afirmou um funcionário do Ministério do Interior. O atentado deixou 121 feridos. A explosão ocorreu no bairro de maioria xiita de Shuala no norte da capital iraquiana. A polícia correu para o local, mas foi confrontada por uma multidão enfurecida, que arremessou pedras nos policiais. Soldados foram enviados para restaurar a ordem.

Os alvos dos ataques são principalmente a maioria xiita e as forças de segurança iraquianas, o que representa um desafio para o primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, e sua frágil coalizão de governo, formada no mês passado.

O carro que explodiu por volta das 14 horas (horário local) estava estacionado junto com os veículos das pessoas que estavam na cerimônia, a alguns metros da tenda funerária, de maneira que não levantou suspeita, disse a polícia. Vários carros pegaram fogo e casas próximas ficaram danificadas.

O ataque foi o mais mortal realizado na capital desde 2 de novembro, quando 11 carros-bomba explodiram em Bagdá, matando 63 pessoas e ferindo 285, a maioria em bairros xiitas.

Jovens revoltados com a falta de segurança começaram a jogar pedras contra os policiais que estavam no local. Os ânimos ainda estavam exaltados três horas mais tarde, e as forças de segurança iraquianas dispararam para cima para dispersar a multidão de moradores que se reuniam para uma manifestação contra o fracasso em evitar ataques desse tipo. Helicópteros da polícia sobrevoavam a região.

Em outros ataques nesta quinta na região da capital iraquiana, cinco pessoas foram mortas e 21 ficaram feridas em explosões de bombas colocadas à beira de estradas. O ataque ao funeral foi o mais recente contra os xiitas, desde uma série de ataques com carros-bomba matar na semana passada 57 pessoas, nas proximidades da cidade xiita de Kerbala, no sul iraquiano.

Em pouco mais de uma semana, os atentados no país mataram mais de 200 pessoas. Com isso, há o temor de um aumento ainda maior na violência, no momento em que os militares dos Estados Unidos se preparam para deixar o Iraque. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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