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María Corina Machado tem sofrido forte perseguição por parte da ditadura de Maduro
María Corina Machado tem sofrido forte perseguição por parte da ditadura de Maduro| Foto: EFE/MIGUEL GUTIERREZ

Maria Corina Machado, líder opositora venezuelana, reagiu fortemente às declarações do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre sua inabilitação para as eleições presidenciais marcadas para ocorrer no dia 28 de julho na Venezuela.

Em uma postagem nas redes sociais, onde republicou uma postagem de Leonardo Coutinho, colunista da Gazeta do Povo, Corina Machado acusou Lula de “validar os abusos” do regime de Nicolás Maduro, pontuando que o ditador venezuelano teme enfrentá-la nas urnas.

“Chorando, presidente Lula? Está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece. Estou lutando para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram em mim nas Primárias [da oposição] e os milhões que têm o direito de fazê-lo em eleições presidenciais livres, onde derrotarei [o ditador] Maduro”, escreveu Corina em sua conta oficial no X (antigo Twitter).

“Você está validando os abusos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados, que você diz apoiar. A única verdade é que Maduro tem medo de me enfrentar porque sabe que o povo venezuelano está hoje na rua comigo”, completou a opositora que teve sua inabilitação ratificada pelo Supremo Tribunal da Venezuela, que é controlado pelo regime chavista.

A declaração de Machado veio após Lula mencionar mais cedo que, ao ser "impedido" de concorrer nas eleições presidenciais de 2018, não ficou “chorando” e indicou outro candidato. O atual presidente brasileiro não pôde concorrer em 2018 porque havia sido condenado naquela época por corrupção e lavagem de dinheiro, portanto, foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

"Aqui, neste país, eu fui impedido de concorrer nas eleições de 2018. Ao invés de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato, que disputou as eleições. Na Venezuela, tá marcada as eleições pro dia 28 de julho. Agora, a pergunta é se a eleição vai ser honesta ou não. Eu espero que as eleições as mais democráticas possíveis", disse Lula.

A inabilitação política de Machado foi criticada por diversas organizações de direitos humanos e países, entre eles os EUA.

Nos últimos meses, Maduro intensificou sua perseguição contra opositores e críticos, prendendo um grande número deles sob a acusação de terem participado de um suposto plano de "conspiração" contra sua ditadura.

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