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Atualizado em 30/08/2006 às 19h15

Bombas mataram pelo menos 66 pessoas no Iraque nesta quarta-feira, parte delas num mercado de Bagdá, onde insurgentes continuam desafiando as medidas de segurança apoiadas pelos Estados Unidos e que já estão em sua quarta semana.

Outras 35 pessoas ficaram feridas no ataque no mercado atacadista de Shorja, no centro de Bagdá, disse a polícia.

Uma bomba no distrito de Karrada matou duas pessoas e feriu 21. Outra explosão aconteceu perto de um posto de gasolina lotado. Uma unidade da polícia foi ao local e uma segunda explosão, de um carro-bomba, feriu cinco policiais.

Três horas antes, uma bomba aparentemente deixada em uma bicicleta explodiu perto de um grupo de jovens iraquianos na frente de uma escritório de recrutamento do Exército, matando 12 pessoas e ferindo 38.

O porta-voz da polícia da província de Hilla, o capitão Muthanna al-Mamuri, disse que a bicicleta estava carregada com um pacote de explosivos e parece ter sido deixada de manhã perto do escritório no centro de Hilla, 100 quilômetros ao sul de Bagdá.

Centros de recrutamento da polícia e do Exército iraquiano, elementos-chave da estratégia de Washington para retirar suas próprias tropas do país árabe, vêm sendo alvos frequentes de insurgentes da minoria sunita, incluindo da Al-Qaeda, que são contra o crescimento da minoria muçulmana xiita nas eleições apoiadas pelos EUA.

A construção das forças de segurança do Iraque para assumir o lugar dos cerca de 150 mil soldados estrangeiros, a maioria americanos, vem sendo um grande desafio para o governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, que deverá assumir o comando formal das forças iraquianas no próximo mês.

Autoridades americanas e iraquianas dizem que a operação de segurança em Bagdá teve efeito, e que o número de assassinatos neste mês caiu pela metade em relação ao mês anterior, quando dezenas de pessoas foram mortas na capital.

Apesar da operação, a violência continuava nesta quarta-feira. Um bomba atingiu um carro perto de Buhriz, ao norte de Bagdá, matando três mulheres, uma criança e um homem, todos da mesma família.

Em Numaniya, 120 quilômetros ao sul de Bagdá, homens armados mataram três irmãos xiitas que haviam fugido de uma região sunita. Milhares de iraquianos fugiram de casa desde o ataque a bomba em um templo xiita em fevereiro, que provocou uma onda de assassinatos e represálias.

Na terça-feira, a polícia encontrou os corpos de 20 vítimas de prováveis esquadrões da morte em Bagdá. Dez corpos estavam perto de uma escola. Um carro-bomba detonado por um suicida matou 13 policiais na frente do prédio do Ministério do Interior em Bagdá na segunda-feira.

Desde o início da semana, morreram mais de 200 pessoas no Iraque. Mesmo assim, os americanos acreditam que, em um ano, as forças iraquianas vão ter condições de assumir completamente a segurança do país.

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