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São Paulo – O Vaticano afirmou ontem, por meio de sua Diretoria de Imprensa, que, embora o abuso de crianças não seja um problema existente apenas na Igreja Católica, esta entende que deve ser uma protagonista na luta contra a pedofilia.

A declaração do padre Federico Lombardi, diretor de Imprensa do Vaticano, diz respeito a acusações de práticas de pedofilia por padres na Arquidiocese de Los Angeles (EUA), que resultaram em um processo judicial.

"A Igreja sente pelo sofrimento das vítimas e de suas famílias, devido às profundas feridas causadas por comportamentos graves e indesculpáveis de alguns de seus membros, e está decidida a comprometer-se de todas as maneiras para evitar que se repitam similares vilezas", disse Lombardi.

No último sábado o litígio chegou ao fim, com um acordo entre a acusação e a diocese, que pagará indenizações no valor total de US$ 660 milhões (cerca de R$ 1,23 bilhão) às cerca de 500 pessoas que se dizem vítimas de abuso. É o maior valor pago por uma diocese desde que veio à tona o primeiro escândalo de pedofilia da igreja nos EUA, em 2002, em Boston.

De acordo com a agência de notícias católica Servizio Informazione Religiosa, Lombardi disse ainda que tal acordo, com "os sacrifícios que comporta’’, é também um sinal da decisão da igreja de "fechar uma página dolorosa’’ e olhar adiante, para prevenir esse tipo de delito e criar um ambiente seguro para as crianças em todos os âmbitos da igreja.

Os casos de Los Angeles diziam respeito a acusações de práticas de abusos ocorridas desde os anos 40 até os anos 90. Segundo o arcebispo local, cardeal Roger Mahony, a diocese terá de vender propriedades para cumprir o acordo.

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