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O Vaticano elogiou nesta terça-feira o novo método para obter células-tronco que não utiliza embriões humanos, considerando-o um avanço significativo que pode ajudar na pesquisa médica sem ir contra preceitos católicos.

O cardeal Javier Lozano Barragan, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, disse que a descoberta mostrou que a medicina pode progredir sem destruir embriões humanos. Pesquisadores norte-americanos divulgaram no domingo que células-tronco encontradas no líquido amniótico, que protege os bebês no útero, têm quase o mesmo potencial que as células-tronco embrionárias na produção de células capazes de se transformar em outras de diferentes tipos, que os cientistas acreditam ser capazes de revolucionar a medicina.

A Igreja Católica e outros grupos religiosos criticam o método mais comum de pesquisa com células-tronco, que envolve a retirada de células de embriões humanos, por acreditarem que esses organismos são seres humanos desde o momento em que foram concebidos.

``Eu estou muito satisfeito de ver esse progresso no campo da ciência pelo bem da humanidade'', disse Barragan nesta terça-feira à Rádio Vaticano, apontando que não viola ``a vida do doador''.

Em uma entrevista publicada na segunda-feira, no jornal italiano La Stampa, ele chamou a descoberta de ``um avanço muito significativo e eticamente admissível'' na busca por céulas que podem criar músculos, ossos e outras células para substituir as danificadas.

Barragan disse que o Vaticano não se opõe a toda a pesquisa com células-tronco. ``A Igreja não é obscurantista e está sempre pronta a apoiar o verdadeiro progresso científico que não ameaça nem manipula as fontes da vida'', disse ele.

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