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Um assunto espinhoso para cristãos e judeus voltou à tona. O processo de beatificação do Papa Pio XII foi suspenso para análise mais detalhada, segundo publica nesta terça-feira (21) o jornal "El País", de Madri. O diário afirma que o Papa Bento XVI freou o processo para proteger suas relações com Israel, que acusa o antigo Pontífice que fazer vista grossa ao Holocausto.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, confirmou que o Papa ainda não assinou "o decreto de virtudes heróicas" de Pio XII, cujo nome de batismo é Eugenio Pacelli. Em setembro, Joseph Ratzinger destacou o que a Igreja Católica considera um trabalho silencio de Pio XII em favor dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, agora, o chefe da Santa Sé optou por uma investigação mais profunda.

A figura de Pio XII é objeto de fortes críticas de Israel há décadas. Na segunda-feira (20), um site ligado ao partido Kadima, que detém o poder em Israel, publicou uma foto em que uma foto de Bento XVI aparece com uma suástica nazista sobreposta.

Pio XII liderou o Vaticano de 1939, ano em que eclodiu a Segunda Guerra Mundial, a 1958. Ele foi o primeiro Papa Romano desde 1724. Os seus defensores afirmam que ele atuou contra o regime de Adolf Hitler, e citam a noite de Natal de 1942 como prova. Nela, Pio XII condenou a perseguição dos alemães aos judeus. Além disso, no ano seguinte, o Pontífice pronunciou um importante discurso aos cardeais, reafirmando sua condenação da política nazista.

Para os judeus, o silêncio de Pio XII nos primeiros anos da guerra possibilitou a matança de prisioneiros em campos de concentração, como Auschwitz.

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