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O governo Obama tem se esforçado para responder ao vazamento de informações militares que pintam um quadro horrível sobre a guerra liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão | REUTERS
O governo Obama tem se esforçado para responder ao vazamento de informações militares que pintam um quadro horrível sobre a guerra liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão| Foto: REUTERS

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tentava nesta terça-feira controlar os danos provocados pelo vazamento explosivo de documentos sobre a guerra do Afeganistão, dizendo estar preocupado com a divulgação. Os documentos, no entanto, pouco revelaram além do que já era conhecido.

Defendendo sua estratégia para a guerra após a divulgação não autorizada de cerca de 91 mil relatórios sigilosos, Obama insistiu que o vazamento ressalta a necessidade de se aferrar à sua abordagem e pediu que o Congresso aprove fundos adicionais para o esforço de guerra.

"Embora eu esteja preocupado com a divulgação de informação sigilosa sobre o campo de batalha que potencialmente pode colocar em risco indivíduos ou operações, o fato é: esses documentos não revelam nada além do que já havia sido informado em nosso debate público sobre o Afeganistão", disse Obama a jornalistas após uma reunião com líderes do Congresso.

O governo Obama tem se esforçado para responder ao vazamento de informações militares que pintam um quadro horrível sobre a guerra liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão e suscitam novas dúvidas sobre o Paquistão, aliado chave na operação.

A revelação deve alimentar a incerteza no Congresso norte-americano sobre a guerra, quando Obama envia mais 30 mil soldados para a batalha a fim de combater a insurgência do Taliban.

Tornados públicos pelo site WikiLeaks, os documentos detalham as acusações de que as forças dos Estados Unidos tentaram cobrir mortes de civis, assim como a preocupação norte-americana de que o Paquistão tenha ajudado sigilosamente os militantes do Taliban, embora o país tenha recebido bilhões de dólares em assistência dos EUA.

Os documentos, que são uma reunião de informações de inteligência de campo e relatórios sobre ameaças de antes de Obama ordenar o aumento das tropas em dezembro, ilustram a avaliação desoladora do Pentágono sobre a guerra, em meio à piora da segurança e ao fortalecimento do Taliban.

Obama afirmou que os relatórios "apontam para os mesmos desafios que me levaram a conduzir uma extensa revisão de nossa política no último outono."

"Durante sete anos, fracassamos em implementar uma estratégia adequada ao desafio nessa região, a região a partir da qual os ataques de 11 de setembro foram lançados e onde outros ataques contra os Estados Unidos e aliados nossos foram planejados", disse Obama.

"É por isso que aumentamos substancialmente nosso compromisso lá, insistimos numa maior imputabilidade de nossos parceiros no Afeganistão e no Paquistão, desenvolvemos uma nova estratégia capaz de funcionar e colocamos em ação uma equipe, incluindo um de nossos melhores generais, para executar esse plano", afirmou ele.

"Agora temos de ver essa estratégia concluída e, como eu disse aos líderes, espero que a Casa aja hoje para se unir ao Senado, que votou por unanimidade a favor desse fundo, para garantir que nossas tropas tenham os recursos dos quais necessitam e que sejamos capazes de fazer o que é necessário para nossa segurança nacional."

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