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Os vencedores do Nobel da Paz de 2022, da esquerda para a direita: Natallia Pintsyuk, representando seu marido, o ativista Ales Bialiatski; Jan Rachinsky, da organização russa Memorial; e Oleksandra Matviichuk, do Centro para as Liberdades Civis ucraniano.
Os vencedores do Nobel da Paz de 2022, da esquerda para a direita: Natallia Pintsyuk, representando seu marido, o ativista Ales Bialiatski; Jan Rachinsky, da organização russa Memorial; e Oleksandra Matviichuk, do Centro para as Liberdades Civis ucraniano.| Foto: Javad Parsa/EFE/EPA

Os vencedores da edição deste ano do Prêmio Nobel da Paz defenderam o trabalho da sociedade civil e criticaram a Rússia e aliados, ao receberem neste sábado a honraria, em Oslo, na Noruega. Natallia Pinchuk, representando o bielorrusso Ales Bialiatski; a diretora do ucraniano Centro para as Liberdades Civis, Oleksandra Matviychuk; e Yan Rachinsky, representante da organização russa Memorial, participaram hoje da cerimônia.

“Ales e todos nós sabemos a importância e o risco de cumprir a missão dos defensores dos direitos humanos, especialmente no momento trágico da agressão da Rússia à Ucrânia”, afirmou Pinchuk, em discurso. Bialiatski e as duas organizações ganharam o prêmio por “promover o direito de criticar o poder e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, assim como pelo esforço de documentar crimes de guerra, abusos dos direitos humanos e poder”, destacou a presidente do Comitê Nobel, Berit Reiss-Andersen.

No pronunciamento, Pinchuk citou algumas declarações anteriores do marido e outras que ele fez para ela, na única visita que conseguiu fazer, em quase um ano e meio que o ativista está preso. “Toda Belarus está em uma prisão” é um dos lemas de Bialiatski, ferrenho crítico ao governo da Rússia pelo apoio ao regime do seu país de origem.

Em sua fala, Matviychuk acusou a Rússia de atacar civis de forma deliberada, para frear a resistência e ocupar toda a Ucrânia. A ativista ucraniana se opõe às negociações com a Rússia e garantiu que existe uma luta “entre autoritarismo e democracia”, mas não entre as duas antigas repúblicas soviéticas. “Temos de estabelecer um tribunal internacional e levar [Vladimir] Putin, Aleksandr [Lukashenko] e outros criminosos de guerra à Justiça”, garantiu Matviychuk.

Rachinski, por sua vez, relembrou o trabalho da ONG Memorial, que representa, na documentação da repressão no território russo. “Hoje em dia, o número de presos políticos na Rússia é superior ao total de toda a União Soviética no começo do período da perestroika, na década de 1980”, afirmou.

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