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Restos mortais do herói venezuelano Símon Bolívar estão sendo examinados para determinar a causa de sua morte | Reuters
Restos mortais do herói venezuelano Símon Bolívar estão sendo examinados para determinar a causa de sua morte| Foto: Reuters

A Venezuela exumou na sexta-feira os restos mortais de Simón Bolívar, herói independentista do século 19, e vai submetê-los a exames para verificar se ele foi envenenado por inimigos na Colômbia.

O presidente venezuelano Hugo Chávez rejeita a versão tradicional segundo a qual Bolívar, brilhante tático militar venezuelano que libertou boa parte da América do Sul de séculos de domínio espanhol, morreu de tuberculose na Colômbia em 1830.

Chávez insiste que Bolívar foi assassinado por um rival colombiano, e o recém-inaugurado laboratório forense estatal da Venezuela está empreendendo como seu primeiro caso o estudo da morte do herói chamado por alguns de George Washington da América Latina.

"Que momentos maravilhosos vivemos esta noite! Vimos os restos mortais do Grande Bolívar," escreveu Chávez em sua página no microblog Twitter após a abertura do féretro de Bolívar, feita antes do amanhecer.

"Meu Deus, meu Deus... meu Cristo, nosso Cristo... Confesso que choramos, que proferimos palavras fortes. Digo a eles: este esqueleto glorioso deve ser Bolívar, porque podemos sentir sua presença. Meu Deus."

Em sua luta contra o "imperialismo ianque" dos Estados Unidos, Chávez costuma sempre evocar Bolívar, que perde apenas para Jesus como figura reverenciada em boa parte da América do Sul.

Em abril um cientista americano, Paul Auwaerter, da Universidade Johns Hopkins, disse apoiar a teoria de que Bolívar provavelmente morreu por intoxicação por arsênico.

Mas Auwaerter disse que isso provavelmente teria sido causado pelo consumo de água contaminada ou durante a tentativa de curar dores de cabeça e hemorróidas com um envenenamento natural-- e afirmou recear que o governo venezuelano estivesse fazendo uma interpretação equivocada de sua pesquisa.

Chávez diz que Bolívar foi assassinado pelo general colombiano Francisco de Santander, e alguns analistas avisaram que o fato de o caso estar sendo estudado hoje pode intensificar as pressões nas relações já tensas entre os dois países vizinhos.

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