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Venezuelanos tentam destruir barreira instalada pela ditadura de Nicolás Maduro na fronteira com a Colômbia | JUAN BARRETO/AFP
Venezuelanos tentam destruir barreira instalada pela ditadura de Nicolás Maduro na fronteira com a Colômbia| Foto: JUAN BARRETO/AFP

A Venezuela fechou as fronteiras com a Colômbia para evitar a entrada de ajuda humanitária. Pelo menos três pontes foram fechadas, segundo a vice-presidente Delcy Rodríguez disse por meio de sua conta no Twitter no final da noite desta sexta (22). 

 “O governo bolivariano informa a população que, devido às sérias e ilegais ameaças intentadas pelo governo da Colômbia contra a paz e a soberania da Venezuela, tomou a decisão de fechar total e temporariamente as pontes Símon Bolívar, Santander e Unión. O governo bolivariano da Venezuela outorga plenas garantias ao povo venezuelano e colombiano de ter passagens fronteiriças seguras. Quando se controlarem as grosseiras ações de violência contra nosso povo e nosso território, será restabelecida a normalidade na fronteira.” 

 

A vice-presidente também exigiu que o presidente colombiano, Ivan Duque, cesse suas “infames ações” e deixe de atentar, por ordem do presidente americano, Donald Trump, contra o direito dos venezuelanos a viver em paz e em soberania. 

É o terceiro país com o qual a Venezuela fecha as fronteiras. Antes da Colômbia vieram o Brasil, onde na região de fronteira houve conflitos com militares na qual morreram duas pessoas, e Curaçao, uma possessão holandesa no Caribe. Foi determinada a criação de uma área de exclusão aérea entre o território venezuelano e a ilha. 

 A Venezuela vive uma série crise econômica, política e social. O custo de um cafezinho com leite, uma bebida típica, aumentou 12 vezes nos últimos três meses, segundo a Bloomberg. A projeção do FMI é que a economia encolha 18% neste ano. A última vez que o país cresceu foi em 2013, quando o ditador Nicolás Maduro chegou ao poder. 

 Ajuda humanitária

Neste sábado, Juan Guaidó, o principal líder oposicionista e presidente da Assembleia Nacional, pretende coordenar a entrada e distribuição de ajuda humanitária. Ela deve sair de três pontos: Cúcuta, na Colômbia; Boa Vista, no Brasil, e Curaçao, no Caribe. 

 O governo do presidente Nicolás Maduro, no entanto, alertou que não permitirá a passagem dos carregamentos, por considerar a ajuda um pretexto para uma intervenção militar americana, opção que Washington não descarta. 

Com o envio de ajuda, Guaidó pretende testar a lealdade dos militares a Maduro. Muitos oficiais de baixa patente têm parentes que são afetados pela crise econômica, como qualquer venezuelano. A aposta seria criar um ambiente ideal para deserções.

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