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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, resiste a crescentes protestos contra o seu governo. | Ismael Francisco/Cubadebate
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, resiste a crescentes protestos contra o seu governo.| Foto: Ismael Francisco/Cubadebate

O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e a oposição chegaram a um acordo sobre a agenda para um diálogo que tentará solucionar a grave crise política do país, anunciou na madrugada desta segunda-feira (31) o representante do Vaticano, Claudio María Celli.

As conversações devem ter quatro temas que serão abordados em mesas separadas e cuja instalação será imediata, segundo o comunicado lido por Celli após uma primeira “reunião plenária de diálogo nacional”.

Uma das mesas será dedicada à paz, respeito ao estado de direito e à soberania, afirma o documento. Outra mesa discutirá verdade, justiça, direitos humanos, reparação de vítimas e reconciliação. A terceira terá como temas as áreas econômica e social. E a quarta a geração de confiança e o cronograma eleitoral, explica o comunicado.

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As partes concordaram com um novo encontro no dia 11 de novembro em Caracas.

A reunião, em um museu da capital venezuelana, começou na noite de domingo e terminou apenas durante a madrugada de segunda-feira.

“Com o propósito de manter e preservar um ambiente de paz e de concórdia, o governo e a oposição se comprometeram a diminuir o tom de agressividade da linguagem utilizada no debate político”, destaca o texto lido por Celli ao lado do secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o ex-presidente colombiano Ernesto Samper.

O delegado do governo, Jorge Rodíguez, destacou que o início das conversações afasta a Venezuela do caminho da violência ante o agravamento da crise política e econômica.

O secretário executivo da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesús Torrealba, anunciou que, de modo paralelo ao diálogo, a oposição vai manter a estratégia contra o governo, que combina protestos nas ruas e a declaração de Maduro em “abandono de cargo” por parte do Parlamento, de maioria opositora.

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