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Caracas – O governo da Venezuela não vai mais negociar com companhias estrangeiras a operação de quatro projetos de exploração de petróleo no cinturão do Rio Orinoco e vai tomar o controle majoritário das operações, anunciou o ministro do Petróleo, Rafael Ramírez.

Ele também pediu aos países membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) a continuar com os cortes de produção. "Agora não há negociação possível. Nós negociamos durante todo o ano de 2006, mas nenhuma das companhias alcançou um acordo", disse Ramírez em coletiva de imprensa. O ministro fez seus comentários quase uma semana depois de o presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciar os planos de nacionalizar companhias de telecomunicações e de energia. Chávez também disse que seu governo iria tomar o controle dos projetos no cinturão do Orinoco.

Ramirez ressaltou que as empresas ainda terão a chance de manter participações minoritárias nas operações no Orinoco, mas recusou-se a informar qual será a porcentagem que o governo irá controlar. "Cada caso será diferente", esquivou-se. "Nós teremos um controle majoritário efetivo", destacou.

A decisão da Venezuela de continuar com os cortes na produção de petróleo vai afetar os projetos na área do Orinoco. Como conseqüência desses cortes, a norte-americana ExxonMobil, que tem participação no projeto de petróleo Cerro Negro, será obrigada a declarar "força maior" nos contratos de oferta.

Ramirez acrescentou que alguns países da Opep defendem uma outra reunião do grupo para continuar a discussão sobre ações futuras.

Outros setores

No setor de gás natural, o ministro afirmou que as licenças existentes não serão mudadas agora, mas que o governo vai analisá-las mais de perto em algum momento. Ele informou que a nacionalização do setor elétrico vai significar que o governo tomará o controle de toda a EDC, mas deixará que os trabalhadores mantenham suas ações. "Nós vamos tomar 100% das ações", disse.

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