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Multidão protesta contra Maduro e enfrenta integrantes da guarda nacional, em Caracas | Tomas Bravo/Reuters
Multidão protesta contra Maduro e enfrenta integrantes da guarda nacional, em Caracas| Foto: Tomas Bravo/Reuters

Sanções

Os EUA estão considerando impor sanções a alguns funcionários venezuelanos apontados como responsáveis da repressão aos protestos em Caracas. As informações foram dadas pelo Partido Democrata.

Morte de Hugo Chávez será lembrada hoje

Reuters

A Venezuela se prepara para a recordar a morte do ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013), apesar dos protestos contínuos contra o seu sucessor, Nicolás Maduro.

Mesmo enquanto estudantes armavam ainda barricadas em algumas cidades e ativistas realizavam novas manifestações, o governo organizava cerimônias para homenagear Chávez hoje, quando completa um de sua morte em decorrência de um câncer.

Maduro, que chorou ao anunciar a morte de Chávez em 5 de março do ano passado, fez da preservação do controverso legado de "El Comandante" – como alguns o chamavam – a força motriz de sua presidência, apesar da oposição de cerca de metade dos venezuelanos.

Maduro vai presidir hoje um desfile militar em Caracas, seguido de uma cerimônia no mausoléu que abriga os restos de Chávez em uma favela num morro da cidade.

A Venezuela rejeita qualquer envolvimento de mediadores ou instituições estrangeiras para encontrar uma solução para a crise política e para evitar a violência que tomou conta das ruas nas últimas semanas. Caracas também se recusa a aceitar a entrada no país de relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar eventuais violações dos direitos humanos.

"A Venezuela não precisa de mediação internacional", declarou ontem o chanceler venezuelano, Elías Jaua, a um grupo de jornalistas na ONU. "Os problemas que temos, podemos resolver entre nós, venezuelanos."

Nos últimos dias, a oposição venezuelana vem apelando para que a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a ONU tomem uma posição mais ativa em relação ao país. "Podemos solucionar nossos problemas e recuperar o espaço do discurso democrático", disse o chanceler. Para ele, isso será feito em uma conferência convocada por Maduro.

Jaua ainda rejeitou a entrada de enviados da ONU que haviam solicitado permissão ao país para examinar a situação da liberdade de imprensa, liberdade de expressão e o direito de manifestação. "Não precisamos da intervenção de organismos da ONU."

O chanceler se reuniu ontem com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que havia alertado que as "autoridades venezuelanas deveriam escutar as ruas" e indicado que os "desejos legítimos" da população precisam ser atendidos.

"Uma coisa são as demandas legítimas de uma sociedade democrática, mas isso não pode ser confundido com a ação de grupos treinados para promover uma violência planificada", respondeu o chanceler.

Jaua garante que tem o "apoio total" do Mercosul. "O bloco rejeitou qualquer forma de violência e a tentativa de derrubar um governo legítimo", disse.

Por que o governo venezuelano rejeita a entrada de enviados da ONU na Venezuela? Deixe seu comentário abaixo e participe do debate.

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