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A Venezuela reforçou sua presença militar em dois Estados que fazem fronteira com a Colômbia, disse um general nesta segunda-feira, cumprindo ordens do presidente Hugo Chávez após o rompimento de relações diplomáticas com Bogotá.

É o primeiro movimento conhecido de tropas desde o rompimento anunciado na quinta-feira por Chávez, em reação às acusações colombianas de que ele estaria sendo tolerante com a presença de guerrilheiros em seu território.

A Guarda Nacional dobrou o seu contingente nos Estados de Táchira e Apure. Em Zulia, outro Estado fronteiriço, não houve alteração.

"Temos um reforço de 980 a 1.000 efetivos militares que se somam ao resguardo da fronteira, mas não há operações extraordinárias, nos mantemos em estado de alerta", disse o chefe do Primeiro Comando Regional da Guarda Nacional, general Franklin Márquez, com autoridade sobre os Estados de Táchira e Apure, onde o número habitual de soldados é de cerca de 500.

As forças venezuelanas disseram na sexta-feira que estão preparadas para um eventual conflito contra a Colômbia, algo que analistas consideram improvável.

O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, irá na terça-feira a Buenos Aires como parte de uma ofensiva diplomática para explicar os motivos do rompimento.

Líderes sul-americanos, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o bloco regional União de Nações Sul-Americanas (Unasul), disseram estar dispostos a mediar uma reaproximação entre Bogotá e Caracas.

Este é pior momento das relações bilaterais desde 1987, quando os dois países, com uma fronteira comum de 2.219 quilômetros, estiveram próximos de uma guerra, depois de a Marinha venezuelana interceptar um navio militar colombiano em águas disputadas.

Nos últimos anos, Chávez tem tido vários atritos com o presidente conservador da Colômbia, Álvaro Uribe, cujo mandato termina em 7 de agosto. No ano passado, Caracas restringiu as relações diplomáticas e comerciais com o país vizinho por causa de um acordo militar entre os Estados Unidos e a Colômbia.

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