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O presidente Nicolás Maduro havia prometido providenciar carne subsidiada para o fim do ano, mas em muitas partes do país a promessa não se concretizou. | AIZAR RALDES
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O presidente Nicolás Maduro havia prometido providenciar carne subsidiada para o fim do ano, mas em muitas partes do país a promessa não se concretizou.| Foto: AIZAR RALDES AFP

Venezuelanos foram às ruas em partes de Caracas na noite de quarta-feira (27) e na manhã desta quinta (28) para protestar contra a falta de carne de porco, tradicionais no país nas ceias de Natal e Ano Novo. 

O presidente Nicolás Maduro havia prometido providenciar carne subsidiada para o fim do ano, mas em muitas partes do país a promessa não se concretizou e a frustração chegou às ruas, no que foi apelidada nas redes sociais de "revolta do pernil". 

Maduro, que tem alegado uma "guerra econômica" liderada por potências econômicas contra seu governo, foi à TV estatal acusar Portugal por não ter entregado as importações a tempo para o Natal. 

"O que aconteceu com o pernil? Nos sabotaram. Posso nomear um país: Portugal", disse Maduro. 

"Nós compramos o porco, assinamos os acordos, mas eles buscaram as contas bancárias dos navios", acrescentou, sem entrar em detalhes. 

Outra autoridade venezuelana disse que o governo americano, que impôs sanções contra o governo de Maduro, havia pressionado Lisboa. 

"O governo português certamente não tem poder de sabotar porco [a importação]. Vivemos numa economia de mercado. Companhias são responsáveis por exportações", disse o chanceler de Portugal, Augusto Santos Silva à rádio TSF. 

Silva acrescentou que entraria em contato com a Embaixada de Portugal na Venezuela para esclarecer a situação. 

Os EUA não comentaram. 

Maduro frequentemente culpa a oposição, os EUA e outros países pela crise no país, em que há desabastecimento de vários produtos básicos. 

"Com ou sem sabotagem, ninguém irá tirar a alegria do Natal do povo", disse Maduro. 

"Ele provavelmente vai culpar Cristóvão Colombo pela hiperinflação", criticou o oposicionista exilado Antonio Ledezma.

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