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Em uma eleição que é amplamente vista como uma avaliação do governo do presidente Hugo Chávez, os venezuelanos votaram nesta domingo (4) para eleger os governadores de dois Estados e 11 prefeituras, incluído governo da segunda maior cidade do país, Maracaibo. A Prefeitura de Maracaibo, até pouco tempo um reduto da oposição, é vista como o maior prêmio ao vencedor. O candidato pró Chávez, Gian Carlos di Martino, concorre contra Eveling Trejo, esposa do ex-prefeito de Maracaibo, Manuel Rosales.

O Conselho Eleitoral Nacional decidiu prosseguir com as eleições em meio a chuvas torrenciais, que já mataram 34 pessoas e desabrigaram 5 mil. Chávez e vários políticos fizeram um apelo à população que fosse votar, mesmo com as chuvas, uma vez que o voto não é obrigatório no país.

Rosales fugiu do país no ano passado, após procuradores terem levantado casos de corrupção contra ele. Rosales, que nega ter feito qualquer coisa errada na administração pública, recebeu asilo político no Peru. Durante a campanha, funcionários da Justiça Eleitoral impediram que Trejo usasse fotos do seu marido na propaganda.

Trejo apelou aos eleitores que compareçam às urnas e pediu atenção para o que ela chamou de crescente autoritarismo e violações aos direitos da propriedade privada na Venezuela. "Vamos votar e defender o que é nosso: nosso país, nossa democracia, nossa propriedade", disse a candidata.

Di Martino prometeu limpar as ruas de Maracaibo, cheias de lixo, e combater o crime organizado, problemas dos quais ele culpou a administração de Rosales.

Mais de 1,7 milhão de eleitores registrados estavam habilitados a votar neste domingo. Os governos estaduais de Guarico e de Amazonas estão sob disputa. No Estado Amazonas, Edgildo Palau, partidário de Chávez, e seis outros candidatos disputam o cargo de governador, atualmente de Libório Guarulla, um ex-aliado de Chávez cujo partido rompeu com o presidente no começo deste ano.

Já em Guarico o candidato governista Luis Gallardo disputa o cargo de governador com o advogado Carlos Proposeri, apoiado por uma coalizão de partidos da oposição. O atual governador é pró Chávez.

As eleições são vistas como um barômetro da popularidade de Chávez, numa época de aumento dos problemas internos, como uma recessão que ocorre ao mesmo tempo de uma inflação de dois dígitos e uma criminalidade organizada em expansão, que tornou a Venezuela um dos países mais perigosos da América Latina. A oposição afirma que Chávez fracassou em tentar resolver esses problemas. Os resultados parciais da eleição deverão ser divulgados na noite deste domingo.

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