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Em Pratt City, no Alabama, tornado deixou um rastro de destruição e mortes: estado norte-americano registrou 194 mortes até ontem à noite | Marvin Gentry/ Reuters
Em Pratt City, no Alabama, tornado deixou um rastro de destruição e mortes: estado norte-americano registrou 194 mortes até ontem à noite| Foto: Marvin Gentry/ Reuters

Obama visitará hoje locais atingidos no estado do Alabama

O presidente Estados Unidos, Barack Obama, fará uma visita hoje aos locais devastados no Alabama após uma série de tornados e tempestades que mataram pelo menos 295 pessoas em diversos estados. O anúncio da viagem do presidente foi feito ontem à noite pela Casa Branca.

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Energia

Usinas nucleares atingidas estão estáveis

O órgão regulador da segurança nuclear dos Estados Unidos observou atentamente ontem a capacidade das usinas do país de resistir a blecautes, depois que tempestades pesadas e tornados deixaram três reatores nucleares apagados no Alabama.

As usinas continuaram estáveis e os sistemas de segurança funcionaram conforme o planejado, disse Gregory Jaczko, presidente da Comissão Reguladora Nuclear.

"Todos os geradores a diesel disponíveis foram iniciados e carregados, e o núcleo de sistemas de refrigeração continuou funcionando normalmente. Além disso, o resfriamento do combustível irradiado está ativado. Todas as usinas são estáveis", disse Jaczko.

O presidente da Comissão Reguladora falou também, durante a entrevista à imprensa, sobre a usina nuclear de Fukushima, no Japão, que ficou gravemente danificada ao ser atingida por um terremoto e tsunami.

Comissários estão analisando as regras e regulamentos concebidos para assegurar que usinas dos Estados Unidos sejam resistentes a apagões, como parte da resposta norte-americana ao desastre japonês, que provocou temor em todo o mundo sobre energia nuclear.

  • Bairro residencial destruído na cidade de Tuscaloosa, no Alabama

Tornados e tempestades devastadoras atingiram o sul dos Estados Unidos e mataram ao menos 295 pessoas em sete estados, na mais violenta sequência de ciclones a atingir o país em quase quatro dé­­cadas.

A série de tornados – mais de 160 no total – encontrou tempestades vindas do oeste para leste nos últimos dias, ampliando a destruição. Em algumas áreas, bairros inteiros ficaram alagados, carros foram revirados, e árvores foram arrancadas pela raiz, derrubando a rede de energia.

Devido à escala da destruição, os especialistas de seguros estavam cautelosos em estimar os custos dos danos, mas acreditavam que estariam na casa dos bilhões de dólares, com os piores impactos concentrados nas cidades de Tuscaloosa e Birmingham, no Alabama.

Pelo menos 194 pessoas morreram no Alabama, o estado mais afetado, que sofreu "grande destruição de propriedades", segundo relatou ontem o governador Robert Bentley. A pior devastação aconteceu na cidade universitária de Tuscaloosa, onde um grande tornado de 1,6 quilômetro de largura matou ao menos 37 pessoas, incluindo estudantes.

"Tinha o som de uma serra elétrica. Você conseguia ouvir os destroços atingindo coisas. Tudo o que tenho agora são algumas roupas e ferramentas que eram muito pesadas para serem levadas pe­­la tempestade. Não parece real", disse o estudante Steve Niven, de 24 anos.

Segundo estimativas preliminares, autoridades estatais registraram 32 mortos em Mississippi, 34 em Tennessee, 11 no Arkansas, 14 na Geórgia, oito em Virgínia e dois na Louisiana.

"Acreditamos que o número vai aumentar", disse o governador Bentley em teleconferência com o administrador da Agência Federal de Gerenciamento de Emer­­gências, Craig Fugate.

Cerca de 1 milhão de pessoas no Alabama ficaram sem energia.

Tornados são comuns no sul e no meio-oeste dos Estados Unidos, mas raramente são tão devastadores. Lojas, shopping centers, drogarias e postos de gasolina foram destruídos em parte de Tuscalo­­osa, uma cidade com cerca de 95 mil habitantes na região central de Alabama.

"Jamais tivemos um evento climático desta dimensão em nossa história", disse a Autoridade do Vale do Tennessee, uma empresa estatal que fornece eletricidade a nove milhões de pessoas em sete estados.

Bentley também declarou es­­tado de emergência e disse estar destacando dois mil guardas na­­cionais. Os governadores de Ar­­kansas, Mississippi e Tennessee também declararam estado de emergência.

"Estamos concentrados em busca e resgate. Vamos fazer tudo para encontrar os que estão presos e os que não encontramos ainda", disse Bentley .

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