O vice-presidente do governo espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, renunciou na sexta-feira para se dedicar à disputa pelo cargo de primeiro-ministro da Espanha, numa eleição em que os socialistas terão muitas dificuldades para se manterem no poder.
Rubalcaba é um dos políticos mais respeitados na Espanha, graças ao seu sucesso como ministro do Interior em enfraquecer o grupo separatista basco ETA. As pesquisas mostram, no entanto, que ele deve ser derrotado pelo líder da oposição de centro direita, Mariano Rajoy.
Com o desemprego em torno de 20 por cento da força de trabalho -- maior taxa na União Europeia --, o Partido Popular (PP, de Rajoy) tem uma margem de 10 a 14 pontos percentuais de vantagem nas pesquisas.
A eleição geral tem de acontecer até março, mas analistas dizem que Rubalcaba irá pressionar o impopular premiê José Luis Rodríguez Zapatero a antecipá-la para novembro, para aproveitar de um provável alento econômico previsto para o verão.
"Informei ao primeiro-ministro do meu desejo de deixar o governo e de fazê-lo imediatamente", disse Rubalcaba, de 59 anos, químico de formação e ex-velocista, durante a entrevista coletiva semanal do gabinete.
Zapatero já havia anunciado que não pretende disputar um terceiro mandato. As medidas de austeridade adotadas por seu governo para controlar o déficit não foram capazes de reduzir o desemprego, além de terem afetado duramente a popularidade dos socialistas.
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