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Amado Boudou: Justiça investiga se ele ajudou a empresa de impressão Ciccone a sair da falência em 2010 quando era ministro da Economia | EFE / David Fernández
Amado Boudou: Justiça investiga se ele ajudou a empresa de impressão Ciccone a sair da falência em 2010 quando era ministro da Economia| Foto: EFE / David Fernández

Boudou diz que não renunciará, apesar de acusação judicial

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, disse nesta sexta-feira (30) que não renunciará nem tirará uma licença, apesar da intimação judicial para depor como acusado de corrupção, por supostas negociações incompatíveis com a função pública e enriquecimento ilícito.

Boudou acrescentou que "certamente" vai se apresentar para depor ao juiz e que recebeu a notícia "com muita tranquilidade" porque esperava o momento para "poder demonstrar" sua inocência.

Boudou disse não ter medo de ser condenado, já que, alegou, não há nada de que possa ser acusado porque não há nenhuma situação na qual "tenha agido à margem da lei".

Boudou atribuiu a investigação contra ele a vinganças relacionadas a interesses empresariais opostos às políticas que desenvolveu desde a pasta de Economia (2009-2011).

É a primeira vez que um vice-presidente do governo em exercício é chamado a depor como réu nos tribunais na Argentina.

(EFE)

O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, será interrogado por um juiz federal como réu em um caso em que se investiga se ele participou da compra irregular de uma companhia que imprime papel-moeda para o Estado.

A investigação se concentra em saber se Boudou utilizou sua influência para ajudar a empresa de impressão Ciccone a sair da falência em 2010, quando era ministro da Economia e, em seguida, a adquiriu através de um misterioso fundo de investimento chamado The Old Fund.

O juiz federal Ariel Lijo, que investiga o caso, que gerou revolta e que ocupou durante mais de dois anos a primeira página das publicações críticas à presidente Cristina Kirchner, convocou Boudou e outros envolvidos no caso para 15 de julho.

O vice-presidente não foi acusado formalmente pela investigação.

Lijo disse em sua resolução que Boudou teria aproveitado sua condição de funcionário público para, com outro sócio, comprar a Ciccone "com o objetivo final de contratar com o Estado Nacional a impressão de cédulas".

Em meio ao escândalo, o governo expropriou a Ciccone em 2012, agora rebatizada como Companhia de Valores Sul-Americana, por considerar de utilidade pública a confecção de cédulas. A oposição disse que a nacionalização buscou destruir as provas do caso.

Os líderes da oposição pediram a Kirchner que afaste Boudou da vice-presidência, que assumiu em dezembro de 2011 quando a presidente começou seu segundo mandato, até que se esclareça o papel do funcionário na transferência da Ciccone.

Kirchner não se manifestou sobre o pedido, enquanto Boudou se recusou a renunciar e negou as acusações contra ele.

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