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Um vídeo não divulgado anteriormente mostra que o final sangrento de um cerco em Beslan, em 2004, foi causado por forças de segurança que abriram fogo em uma escola lotada de reféns, e não por explosões de dentro do local, disse um grupo de apoio a famílias das vítimas.

O Comitê das Mães de Beslan afirma que o filme contradiz a versão oficial de que a detonação de bombas atadas ao corpo de separatistas chechenos dentro do prédio casou a carnificina na Escola Número 1, na cidade de Beslan, sul da Rússia.

Ao todo 333 pessoas, metade crianças, foram mortas no cerco à escola, que terminou em desgraça quando forças de segurança invadiram o ginásio do local para libertar mais de 1.000 alunos e pais mantidos como reféns por três dias.

A chefe do comitê, Susanna Dudiyeva, disse que o vídeo apóia sua versão de que as forças de segurança atiraram duas cargas de granadas no ginásio, iniciando o fogo que rapidamente tomou conta do prédio.

"Por que eles atiraram, quando havia crianças no ginásio?", disse Dudiyeva a repórteres após o filme ter sido exibido em um centro cultural esta semana.

Investigadores ainda não entregaram um relatório final sobre a pior tragédia da Rússia pós-Guerra Fria. Parentes dos mortos dizem que o vídeo, recebido pelo correio sem a identificação do remetente, apóia a versão de que houve adulteração dos fatos para encobrir a culpa de autoridades.

"O gabinete do promotor rejeita ou ignora todas as nossas pesquisas e insiste que apenas os terroristas são os culpados pelo ocorrido", disse Dudiyeva.

"Nós não concordamos com isso. Continuamos achando novas provas e temos a intenção de provar ao promotor o que realmente aconteceu". Ninguém do escritório da Promotoria retornou uma legação telefônica, neste sábado, para comentar o caso.

Autoridades disseram que os mais de 30 militantes que tomaram a escola em 1o de setembro de 2004, o primeiro dia do ano letivo, foram responsáveis pelo grande números de vítimas.

O único militante que sobreviveu, Nurpashi Kulayev, foi condenado ano passado a prisão perpétua por sua participação no incidente.

O filme, aparentemente feito por um investigador com uma câmera de mão com data e hora aparecendo na tela, mostra a sequência dos fatos em 3 de setembro, quando ocorreu o massacre.

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