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Lima - A publicação de um telegrama diplomático confidencial e a di­­vulgação de conversas, gravadas em segredo, de um diplomata ve­­nezuelano no Peru destacam no­­vamente a ligação entre o candidato presidencial Ollanta Huma­­la e o governo de Hugo Chávez, da Venezuela, durante as eleições de 2006.

Um telegrama de 2005 da em­­baixada dos Estados Unidos em Lima, divulgado pelo WikiLeaks, cita o sociólogo peruano Jaime Antesana. De acordo com Ante­­sana, Humala disse que o governo da Venezuela pagou uma pesquisa de opinião para o líder na­­cionalista. O sociólogo negou ter feito a declaração.

O diário El Comercio disse que, no início de 2005, seus repórteres investigativos ficaram sabendo de uma suposta doação de US$ 100 mil, feita em 2001 por grupos ligados a Chávez, para o movimento político dirigido por Hu­­mala e seu irmão, Antauro Hu­­mala, que está preso.

Na segunda-feira, o jornal pu­­blicou uma reportagem reproduzindo transcrições de conversas de um ex-diplomata venezuelano no Peru, Virly Torres, que menciona contatos entre funcionários da embaixada, Humala e sua mu­­lher, Nadine Heredia, secretária internacional do partido do marido, o Gana Peru.

As conversas foram gravadas como parte de uma série de interceptações feitas por uma empresa privada que terminaram nas mãos da Justiça, informou o El Comercio.

No fim de semana, Humala disse que foi um erro ter se aproximado tanto de Chávez em 2006. Ontem, ele afirmou à rádio RPP que políticos sempre fazem reuniões com diplomatas e que o suposto financiamento venezuelano de sua campanha "é pura especulação".

Humala, ex-oficial militar de 48 anos e líder de um movimento nacionalista de esquerda, está numa disputa acirrada pela presidência com a conservadora Keiko Fujimori, de 35 anos, filha do ex-presidente Alberto Fujimori.

Após o apoio de Hugo Chávez na corrida presidencial de 2006, Humala tornou-se mais moderado nesta campanha e trabalha para se distanciar de Chávez. Ape­­sar disso, os laços anteriores continuam a prejudicar Humala na atual campanha eleitoral.

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