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Jerusalém-Gaza – O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, se disse disposto a manter o "comedimento e a paciência" frente às violações da trégua por parte das milícias em Gaza, enquanto o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, se esforça para recuperar o controle sobre as facções. A iniciativa da trégua partiu das facções palestinas, mas estas já a violaram várias vezes desde sua entrada em vigor, às 6 horas (2 horas em Brasília) de ontem, enquanto Israel cumpriu sua parte no pacto, retirando-se da Faixa de Gaza.

Menos de uma hora depois do começo do cessar-fogo, milicianos palestinos lançaram o primeiro foguete Qassam contra território israelense. Ao longo da manhã, outros seis projéteis foram lançados. Mas Olmert e Abbas, que no sábado pactuaram a trégua para Gaza (com o objetivo declarado de ampliá-la mais tarde à Cisjordânia), parecem decididos a não deixar que as milícias façam o acordo fracassar. O primeiro-ministro deu ordem de não responder, por enquanto, aos ataques, enquanto Abbas instruiu às forças de segurança que patrulhem o norte de Gaza, de onde as milícias disparam os foguetes. "Sou consciente de que houve violações, mas é preciso dar uma oportunidade para que o cessar-fogo prometido por Abbas se consolide", disse Olmert ontem durante a inauguração de um colégio na localidade de Rahat, no deserto do Neguev.

A oposição conservadora israelense já começou a atacar o primeiro-ministro devido às rupturas da trégua pelos palestinos. "Olmert voltou a enganar o povo com um cessar-fogo que explodiu diante dele", disse o presidente da União Nacional, Beny Elon. Mas Olmert, cuja popularidade está no nível mais baixo desde o começo do mandato, se atém à oportunidade oferecida pelo cessar-fogo. Em suas declarações durante a visita à escola, Olmert disse que espera que o acordo possa ser estendido à Cisjordânia e que facilite um compromisso para a libertação do soldado israelense Gilat Shalit, prisioneiro das milícias palestinas desde 25 de junho.

Além disso, o primeiro-ministro ressaltou que, com "senso de responsabilidade e boa vontade", a partir deste cessar-fogo poderiam ser abertas "negociações sérias e diretas com os palestinos". Olmert explicou que continua em contato com a parte palestina para acompanhar como "os acordos se concretizam". Informou ainda que Abbas também havia prometido que deterá o contrabando de armas e explosivos do Egito.

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