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O envio de mais tropas ao Afeganistão representou um golpe para a insurgência do Taliban, mas a violência no país continuou crescendo nos últimos seis meses e deve manter essa tendência, disse o Pentágono na sexta-feira, em uma nova avaliação do conflito que está prestes a completar dez anos.

O relatório bianual do Pentágono ao Congresso ocorre num momento em que o governo do presidente Barack Obama planeja iniciar a retirada das tropas do Afeganistão a partir de julho. Mas só uma modesta redução do contingente está sendo esperada inicialmente.

O Pentágono avalia que a intensificação das explosões de bombas em estradas, tiroteios e outros incidentes se deve em parte ao envio de reforços, aos ataques mais intensos contra redutos dos militantes, e ao inverno ameno em 2010/11.

O texto diz que o Taliban e outros insurgentes devem tentar recuperar terreno perdido desde que Obama ordenou o envio de 30 mil soldados adicionais, e que por isso a violência deve aumentar.

Os Estados Unidos invadiram o Afeganistão para derrubar o regime do Taliban depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, cometidos pela Al Qaeda, cujos militantes se refugiavam naquele país da Ásia Central.

Segundo o Pentágono, as forças do governo local cresceram e se tornaram mais capazes nos últimos seis meses, mas ainda não há uma só unidade que seja capaz de operar com eficácia sem apoio de assessores estrangeiros.

Os EUA e seus aliados esperam que as forças afegãs assumam as tarefas de segurança após a desocupação.

No relatório, que abrange o período de outubro a março últimos, o Pentágono alerta que a infiltração de militantes vindos do Paquistão continua sendo um grave problema.

A declaração aparentemente contraria os atuais esforços do governo Obama, de atenuar suas críticas ao governo paquistanês para não magoar seus aliados locais.

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