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Confrontos entre militantes islâmicos e forças de segurança da Nigéria deixaram pelo menos 35 mortos entre ontem e hoje. Mohammed Barau, porta-voz da polícia do Estado de Bauchi, disse hoje que integrantes da seita Kata Kalo começaram a lutar entre si e trocar acusações sobre a culpa pela doença grave de seu líder. O porta-voz também mudou a informação oficial fornecida inicialmente, de que a prisão do líder da seita teria dado início ao conflito.

Os confrontos se espalharam pelas ruas de um bairro pobre perto da cidade de Bauchi, e forças militares tentaram interromper a violência, disse Barau. Os policiais disseram que os militantes estavam armados com arpões e flechas. O ataque dos integrantes da seita fez com que a unidade militar recuasse, disse Barau. Pelo menos um soldado morreu nos primeiros confrontos na manhã de ontem, além de duas pessoas que passavam pelo local.

Barau disse que unidades miliares e da polícia retornaram à área posteriormente, mas "antes que a polícia chegasse ao local, eles já haviam se matado". No entanto, assassinatos extrajudiciais são frequentes na Nigéria, e um relatório da Anistia Internacional divulgado em novembro afirma que a polícia mata centenas de pessoas a cada ano.

Barau afirmou que a área foi controlada hoje. "A situação foi normalizada. Todos foram cuidar das suas coisas", disse ele. A Nigéria, um país de cerca de 150 milhões de pessoas, é praticamente dividida entre muçulmanos no norte e cristão ao sul. A violência religiosa é geralmente iniciada por disputas políticas locais em vez de influências internacionais.

Em julho, as lutas em Bauchi iniciadas com o ataque de outra seita islâmica contra uma delegacia de polícia produziram uma onda de violência pelo norte do país que deixou mais de 700 mortos.

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