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Violência e fraude marcam os últimos dias da campanha eleitoral na Guatemala, que será concluída no dia 9 de setembro com a realização de eleições gerais para a escolha do novo presidente do país.

"Condenamos os enfrentamentos violentos na política. Sempre haverá campanhas negras (fraude) e a única forma de acabar com isso é com uma educação cívica e cultural de quem faz política no país", afirmou o presidente Óscar Berger.

A violência política aumentou nos últimos dias com o assassinato de Clara Luz López, candidata ao conselho da comuna de Casillas, Santa Rosa (sudeste), pela agremiação Encuentro por Guatemala (EG).

É o terceiro ato violento contra o EG. Antes disso, quatro pessoas ficaram feridas: dois em um atentado contra a residência de uma candidata a deputada e outras duas em um ataque contra o ex-comandante guerrilheiro César Montes, que saiu ileso.

No entanto, o titular da Promotoria Geral da Guatemala, Juan Luis Florido, disse que as investigações de ataques e atentados contra candidatos, ativistas políticos e seus familiares, ainda não encontraram qualquer vínculo político com os incidentes.

"Não podemos afirmar que são políticos, já que as investigações não estão concluídas", afirmou Florido, minutos depois que o promotor Alejando Elías declarou que a principal hipótese sobre o assassinato de López é de "crime passional".

Em relação às fraudes, agentes da Polícia Nacional Civil (PNC), prenderam na terça-feira passada 10 pessoas que distribuíam propaganda contra o candidato do Partido Patriota (PP, direita), Otto Pérez, na periferia oeste da capital.

Os panfletos, que eram entregues de casa en casa pelos detidos, desencorajava os eleitores a votar em Pérez, lembrando seu passado nas forças armadas da Guatemala.

"Vote em outro, não em Otto", "Não a um assassino", "Não ao narcotráfico", "Não mais uma Guatemala manchada de sangue", eram algumas das frases usadas na propaganda.

A situação aumentou a tensão entre o PP e a social-democrata Unidad Nacional de la Esperanza (UNE), já que o partido que lança o general da reserva Pérez Molina, acusa a UNE de ser responsável pela "campanha negra". A UNE declarou que considera a acusação "ridícula".

De acordo com as pesquisas, o candidato da UNE, Álvaro Colom, lidera as preferências dos guatemaltecos, seguido por Pérez Molina. Os dois devem disputar o segundo turno.

No dia 9 de setembro mais de 5,9 milhões de guatemaltecos irão às urnas para escolher o novo presidente, além do vice-presidente, dos 158 deputados do Congresso e de 332 corporações municipais.

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